30 Abril 2024, Terça-feira
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Congresso convidou a viajar no tempo através de uma Almada de conquistas

O encontro juntou equipas municipais que trabalham tanto com a documentação, como com a história local. Foram abertas muitas pistas

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Terminou esta terça-feira o congresso “Almada- 50 anos de cidade, 50 anos de liberdade”, uma iniciativa que durou dois dias e que se vê como mais uma celebração do cinquentenário de elevação de Almada a cidade.

Uma acção com um balanço “muito positivo”, tal como referiu, em declarações a O SETUBALENSE, António Matos, vereador da CDU da Câmara Municipal e o autarca mais antigo da região.

Falava depois de findo o último painel do congresso. Uma mesa-redonda que abordou o tema “Arquivos Municipais, partilha de experiências de construção de laços identitários” e que contou com a participação de João Henriques, do Arquivo Municipal de Cascais, Helena Neves, do Arquivo Municipal de Lisboa, Sandra Patrício, do Arquivo Municipal de Sines e Albertina Gomes, do Arquivo Municipal do Seixal.

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Uma conversa que contou com algum atraso, levando ao adiamento da visita guiada à exposição “Esta é a cidade e é Bela. A Almada de Júlio Dinis”, mas que representou “uma robusta e grande acção de formação interna” para os técnicos municipais que trabalham em matéria de património, arquivista e de documentação.

“Durante estes dias passámos em revista as grandes áreas de intervenção municipal em vários temas. Desde assuntos prosaicos que a documentação levanta até questões técnico-científica profundas, tudo se tratou”, sublinhou António Matos para confessar em seguida que, “com a riqueza das intervenções” dos dois dias, aguarda “a publicação das mesmas numa obra de que os almadenses seguramente muito vão gostar”.

Uma acção que “juntou equipas municipais” que trabalham tanto com a documentação, como com a história local e que deu “muitas pistas” para que estes mesmos técnicos consigam “trabalhar ainda mais uns com os outros para que possam articular acções que promovam uma melhor arquivística de bens documentais locais”.

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Evento este que foi também descrito pelo vereador, sem pelouros, como “uma viagem no tempo” por uma Almada que “já era dos fenícios, dos árabes, da República e das conquistas”.

De acordo com o vereador, a viagem no tempo faz-se precisamente através do “desenvolvimento das infra-estruturas, das escolas, dos pavilhões desportivos, dos espaços públicos de lazer e recreio”, como alguns dos exemplos do crescimento do concelho.”

 

Partilha de experiências entre investigadores e autarcas

Com trabalhos a decorrerem entre as 09h30 da manhã e as 18h00 da tarde, o congresso teve lugar na sala Pablo Neruda, no Fórum Municipal Romeu Correia.

Estando, este ano, Almada a celebrar os 50 anos de elevação a cidade, esta representa mais uma acção de comemoração da data, com o intuito de fazer história sobre a própria história da cidade. E foi precisamente a reunir investigadores, historiadores, autarcas, actuais e antigos, e instituições locais, que o município cumpriu mais um momento de celebração.

Na segunda e terça-feira, a iniciativa trouxe a partilha de experiências entre os intervenientes, projectos de investigação sobre a cidade e documentos que integram o Arquivo Municipal e pertencem ao espólio da autarquia.

Os temas debatidos no encontro foram diversos, desde a História, Património e Arquivos, Sociedade e Economia, Educação e Formação, Planeamento Urbanístico e Reabilitação Urbana, Ambiente, Sustentabilidade e Mobilidade, Cultura em Almada através do Teatro, Música, Dança e Arte Contemporânea e o Poder Local e Municipalismo.

De recordar que a passagem de Almada da categoria de vila a cidade ficou assinalada no diploma de 16 de Junho de 1973, e veio do “grande desenvolvimento demográfico e urbanístico, assim como da existência de vias de comunicação, serviços públicos e a dinâmica económica, social e cultural que caracterizava Almada”.

“Município de serviços que lutou sempre contra a ideia de ser um dormitório”

Na abertura do congresso, segunda-feira, a presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiras, referiu-se a esta iniciativa como um “momento de celebração sobre a cidade”, além de um “exercício de memória” num “revisitar do passado da cidade de Almada”, sendo ainda um mergulho naquilo que foi “a construção da própria liberdade no Portugal Democrático”. E aqui, disse, que a História de Almada está ligada a “momentos felizes e outros difíceis”, todos eles decorrentes da “construção e transformação profunda da sociedade e economia portuguesa”.

Para Inês de Medeiros, é na força das memórias que se consegue beber a capacidade de “não sermos submergidos pelo presente” e, ao mesmo tempo, “conseguirmos lançar as bases para o futuro”.

‘Nascida’ frente à capital do País, o posicionamento geográfico à beira-Tejo de Almada é visto por Inês de Medeiros como “estratégico” para um território que tem um passado industrial, muito antes ainda do estaleiro de construção e reparação naval Lisnave. Uma cidade que “se transformou num município de serviços, que lutou sempre contra a ideia de ser um dormitório, que aposta forte na cultura, nas instituições, na inovação e no futuro”, disse.

 

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