Suspeita criou cinco websites, através dos quais terá burlado centenas de pessoas. Está obrigada a apresentar-se semanalmente ao posto de residência
A Polícia de Segurança Pública (PSP) de Lisboa deteve em Setúbal uma mulher de 60 anos que criou cinco websites, como PTEletrónica, para burlar centenas de pessoas em centenas de milhares de euros através da venda fraudulenta de electrodomésticos e telemóveis. As vítimas pagavam, mas nunca recebiam os bens.
A arguida levava desta actividade ilícita o seu modo de vida há vários anos e os lucros permitiram até “abrir falsos ‘call centers’, onde laboravam, em média, dez funcionários para atendimento de novos clientes, locais que eram alterados com alguma frequência para dificultar eventuais fiscalizações das entidades reguladoras ou acções policiais”, pode-se ler em comunicado da Esquadra de Investigação Criminal da PSP de Lisboa.
“Para levar a cabo esta prática criminal, a suspeita criava diversas sociedades comerciais e diversos sítios de internet, em tudo idênticos e para o mesmo propósito criminal, alojados em plataformas que geram pagamentos por referência multibanco, permitindo-lhe obter lucros exponenciais, na ordem de várias centenas de milhares de euros, sem que fizesse a entrega dos equipamentos aos ofendidos”, lê-se no mesmo comunicado.
A PSP indica que os websites da suspeita eram ‘https://lojadoelectrodomestico.pt’, ‘https://teckmi.com’, ‘https://areelectronica.com’, ‘https://ptelectronica.com’ e ‘http://tvmarket.pt’.
As buscas foram realizadas nas cidades de Setúbal e Amadora e foram apreendidos 13 computadores portáteis e 6 100 euros em notas, entre material utilizado no esquema. A suspeita foi detida pela prática do crime de burla informática e foi depois libertada pelo tribunal com a obrigação de se apresentar semanalmente ao posto de residência.
A PSP, em comunicado, “apela aos cidadãos que tenham tentado adquirir algum aparelho eléctrico/eletrónico através dos sítios da internet abaixo indicados, e que não tenham o obtido o aparelho, nem a posterior devolução do montante que transferiram, que denunciem às autoridades de acordo com os prazos legalmente previstos na lei”.
