10 Maio 2024, Sexta-feira

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Cordão humano na Aranguez quer resposta urgente do Governo

Cordão humano na Aranguez quer resposta urgente do Governo

Cordão humano na Aranguez quer resposta urgente do Governo

Município e Junta de Freguesia juntaram-se ao protesto, questionando definição de “urgência” do Ministério da Educação

 

A Associação de Pais e Encarregados de Educação de Aranguez, em Setúbal, realizou ontem um cordão humano. Este protesto teve como objectivo chamar a atenção do Ministério da Educação para os “problemas estruturais do estabelecimento de ensino”. A acção, que começou pelas 17h30, na Escola Básica 2,3 de Aranguez, contou com a presença da Câmara Municipal e da Junta de São Sebastião, representadas pelos seus presidentes, que fizeram questão de demostrar o seu apoio a esta causa, onde questionaram a definição de “urgência” do Governo.

André Martins, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, considera que, tendo em conta o estado a que chegou esta situação, a autarquia fará o que estiver ao seu alcance para chamar a atenção dos responsáveis. “Quando as situações chegam a este ponto tudo aquilo que nós pudermos fazer para chamar a atenção de quem tem a responsabilidade da situação a que chegou, o estado das escolas e dos equipamentos, iremos fazer”, afirmou.

Em declarações a O SETUBALENSE, o autarca revelou estar solidário com esta iniciativa da associação de pais, uma vez que tem conhecimento que existem alguns espaços na escola que já não podem ser utilizados pelos alunos para efeitos lectivos.

Para o edil é urgente tomar estas iniciativas, para que quem tem a responsabilidade de decidir não poder “perder mais tempo”, explicando que mesmo após as decisões serem tomadas, ainda será um processo longo. “Mesmo quando nos for indicado que há financiamento para avançar com as obras, temos depois de elaborar projectos para a intervenção, lançar concurso público e só depois realizar a obra”, realçou, esclarecendo ainda que “conhecendo estes tempos” que são necessários para a contratação pública e organização da obra, prevê “obras finalizadas daqui por três anos, se tudo correr bem”. André Martins enalteceu ainda que se alguns espaços escolares já não são utilizados agora, “imagine-se daqui por três anos”.

Também Nuno Costa, presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, garantiu que a autarquia pretende alertar para a urgência que estas obras têm, enaltecendo que “a vida da escola está muito condicionada”. “As condições são muito precárias em determinados locais. Estas são obras há muito tempo desejadas, que condicionam muito a vida da escola e é preciso que o Governo decida de uma vez por todas avançar para que tenhamos aqui todas as condições para que as nossas crianças possam ter as aprendizagens que necessitam”, referiu.

A O SETUBALENSE, o autarca explicou que o Ministério da Educação já colocou a escola numa lista de escolas urgentes, reforçando que “pelos vistos existem critérios diferentes para a urgência”, uma vez que para a junta “o urgente é já para ontem”. “O problema é que não temos acesso a uma calendarização, nem sabemos quais os critérios para ser urgente. As obras já não vão ser nesta interrupção lectiva, serão na próxima interrupção? Daqui dois anos, daqui a três? Temos de ter uma resposta para a comunidade educativa”, rematou.

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