27 Abril 2024, Sábado
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Directores de serviço pedem ampliação e reclassificação do Hospital de São Bernardo

Diferenciação é muito superior à atribuída em termos de financiamento, simbolizando um défice de onze milhões de euros

 

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Os directores de serviço do Centro Hospitalar de Setúbal defenderam ontem uma reclassificação do Hospital de São Bernardo (HSB) e o início das obras de ampliação da unidade previstas no Orçamento do Estado de 2021. “O hospital tem uma diferenciação que é muito superior àquela que nos é atribuída em termos de financiamento. Isso redunda num défice de onze milhões de euros”, disse José Poças, director de Infecciologia do HSB, numa audição da Comissão Parlamentar de Saúde, realizada ontem por videoconferência a pedido do PAN.

A reclassificação do Hospital de São Bernardo – que, juntamente com o Hospital Ortopédico do Outão, integra o Centro Hospitalar de Setúbal – permitiria que os actos médicos fossem pagos a um valor superior, idêntico ao que é pago em outros hospitais, e que, segundo José Poças, representaria um valor na ordem dos 11 milhões de euros.

Além da reclassificação, os directores de serviço da unidade hospitalar sublinharam a necessidade de se avançar rapidamente com as obras de ampliação, que já têm uma dotação orçamental de 17,2 milhões de euros no Orçamento do Estado de 2021 e que deveriam arrancar ainda este ano.

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O infecciologista José Poças lembrou, no entanto, que o plano de construção, elaborado há cerca de seis anos, “já não responde às necessidades actuais e futuras”, dado que o HSB terá de acolher os serviços do Hospital Ortopédico do Outão. “Neste momento, levar esta estrutura [do Hospital do Outão] para Setúbal é manifestamente impossível”, corroborou Carlos Ribeiro, director de serviço do Hospital Ortopédico do Outão, reforçando a ideia de que o actual projecto de ampliação já nem sequer é suficiente para integrar, como previsto, o Hospital do Outão.

Perante a Comissão de Saúde, o médico José Poças deixou igualmente um alerta para as consequências que a degradação progressiva do HSB poderá ter num futuro próximo, se nada for feito. “Nós temos problemas de espaço e de capacidade de atracção de novos quadros médicos – formamos valiosos quadros médicos que depois acabam por ir embora de várias especialidades -, e estamos todos muito preocupados”, frisou.

“Há 30 anos que andamos nesta luta, pela dignidade do exercício profissional, mas, sobretudo, pelo acesso aos cuidados de saúde da população que servimos e que vai muito além daquilo que era a área de referenciação (Palmela, Sesimbra e Setúbal)”, disse, salientando que o Hospital de São Bernardo também serve a população do litoral alentejano.

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Na audição da Comissão Parlamentar de Saúde, solicitada há mais de um ano, os clínicos setubalenses reforçaram também que os problemas do HSB “são estruturais e muito anteriores à pandemia”. A covid-19, que em Janeiro afectou de forma significativa o seu funcionamento, apenas agravou a situação dramática dos profissionais de saúde, que aguardam há muito pela reclassificação do mesmo e pela concretização do projecto de ampliação.

Com GR // ROC // Lusa

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