9 Maio 2024, Quinta-feira

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PCP garante luta após “enorme campanha de deturpação” nas legislativas

PCP garante luta após “enorme campanha de deturpação” nas legislativas

PCP garante luta após “enorme campanha de deturpação” nas legislativas

Comunistas vêem resultados como “demonstração de resistência” e consequências de décadas de política de direita e promessas não cumpridas

 

Após reflexão, a Direcção da Organização Regional de Setúbal (DORS) do Partido Comunista Português (PCP) considera que os resultados eleitorais na Península de Setúbal são uma “clara demonstração de resistência” perante a “enorme campanha de deturpação” das suas posições.

Os comunistas garantem, em comunicado, que vão continuar a “lutar” pela resposta aos “problemas com que se confrontam os trabalhadores”, que podem continuar a contar com o PCP, com a “coragem de sempre”. Para a força política liderada por Paulo Raimundo os resultados das legislativas são as “consequências de décadas de política de direita e sucessivas promessas não cumpridas por diferentes Governos PS, PSD e CDS”.

A DORS do PCP reuniu-se na passada sexta-feira, tendo analisado os resultados obtidos nas eleições para a Assembleia da República e definido as tarefas e linhas de intervenção para os “tempos mais próximos”.

Numa primeira apreciação sobre os resultados eleitorais na Península de Setúbal, a DORS do PCP sublinha que estes, além de “acompanhar no fundamental as tendências nacionais”, são uma “clara demonstração de resistência” perante a “enorme campanha de deturpação das posições, ocultação e desvirtuação das e iniciativas; às sondagens que visavam promover a bipolarização e promoção de forças reaccionárias e fascizantes e apoucar a importância do voto e projecto da CDU, e estreitar a sua margem de crescimento”.

Ainda assim, mesmo com “maiores dificuldades” resultantes do quadro político saído destas eleições, com redução do número de votos e perda de um deputado no distrito, a DORS garante que a “luta” pela resposta aos “problemas com que se confrontam a maioria dos trabalhadores e das populações” continuará, referem em comunicado os comunistas.

Para o PCP, aquilo que se pode “extrair” destes resultados, é que eles são expressão do “descontentamento e desesperança” da populações da região, com as “consequências” de “décadas de política de direita e sucessivas promessas não cumpridas por diferentes Governos PS, PSD e CDS. Políticas que, no seus traços e aspectos fundamentais, contam com o apoio do Chega e IL”.

A CDU registou nestas eleições o pior resultado de sempre em legislativas, ao perder mais 36 mil votos e descer de seis para quatro deputados, agravando ainda mais o desaire eleitoral de 2022.

A força comunista perdeu votos, percentagem e um deputado por Setúbal. Bruno Dias, que era número dois, não foi eleito. Assim, Paula Santos é agora a única deputada eleita pelo PCP no distrito. A coligação perdeu percentagem em todos os 13 concelhos, embora na maioria a redução de votos tenha sido relativamente baixa.

Os comunistas foram ultrapassados pelo Chega em todos os concelhos, com excepção de Alcácer do Sal, onde continuam a ser a segunda força mais votada. Nos demais concelhos são a quarta ou quinta e, no Montijo, a sexta força.

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