27 Abril 2024, Sábado
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Maternidades de Barreiro, Setúbal e Almada vão estar mais tempo fechadas até Janeiro

Observatório de Violência Obstétrica e Associação pelos Direitos da Mulher na Gravidez manifestam “profunda preocupação”

 

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As maternidades e urgências de ginecologia e obstetrícia do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo e dos hospitais São Bernardo, em Setúbal, e Garcia de Orta, em Almada, passam agora a estar mais vezes fechadas do que estiveram neste Verão. A reorganização levada a efeito pela Direcção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) a nível nacional, para o período compreendido entre este mês e Janeiro de 2024, volta a não contemplar o funcionamento pleno destes serviços em nenhuma das três unidades hospitalares da Península de Setúbal.

O novo plano da denominada operação “Nascer em Segurança no SNS – Inverno 2023-2024” determina encerramentos de uma semana alternados entre o Centro Hospitalar Barreiro-Montijo e o Hospital São Bernardo. Ou seja, de 15 em 15 dias, as maternidades e urgências obstétricas em Barreiro e Setúbal fecham uma semana, de forma desencontrada. Já no Hospital Garcia de Orta os serviços vão funcionar em pleno de segunda a quinta-feira (os encerramentos verificam-se em todos os fins-de-semana). Significa isto que, desde a passada segunda-feira e até Janeiro do próximo ano, aos sábados e domingos os serviços só estarão disponíveis numa das três unidades hospitalares da região.

Na Península de Setúbal, a nova “calendarização” de encerramentos, iniciada na segunda-feira, começou pelo Centro Hospitalar Barreiro-Montijo, onde os serviços de urgência e bloco de partos estão sem funcionar até às 8 horas da próxima segunda-feira, 9.

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A reorganização do funcionamento das maternidades já motivou a reacção do Observatório de Violência Obstétrica, que diz ver com “profunda preocupação” as decisões tomadas pela DE-SNS, sobretudo para a região de Lisboa e Vale do Tejo, onde se inclui a Península de Setúbal. Em comunicado, aquele organismo afirma que os hospitais São Bernardo, Garcia de Orta, Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) e Centro Hospitalar Barreiro-Montijo vão “fechar mais vezes do que nos meses de Verão, o que implica sobrecarga para os restantes que estão abertos e possivelmente mais transferências para o privado”.

Também a Associação Portuguesa pelos Direitos da Mulher na Gravidez e Parto (APDMGP) não poupou nas críticas à tutela, ao classificar como “um atentado à segurança das mães e bebés em Portugal” o anúncio de novas contingências em maternidades.

Sara do Vale, presidente da APDMGP, advertiu ontem numa audiência na comissão parlamentar da Saúde que as consequências destas contingências já se fazem notar nos telefones da associação, que “não param, nos níveis de ansiedade [das grávidas], nas taxas de indução”. E defendeu que “está na altura de pôr um travão naquilo que se passa no dia-a-dia das maternidades portuguesas”.

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Para a APDMGP, a situação das maternidades na Península de Setúbal é tida também como “particularmente preocupante”.

Com Lusa

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