7 Maio 2024, Terça-feira
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Saída de Nuno Canta aguarda parecer jurídico ‘à prova de bala’

“Não está nada decidido. Quando estiver tudo pronto, falarei. Estamos a apurar muita coisa”, disse o autarca a O SETUBALENSE

 

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Já só se aguarda pelo resultado de um parecer jurídico, que consubstancie aquilo que todos sabem desde a primeira hora: a assumpção imediata de funções de vogal da Comissão Executiva da AMARSUL por parte de Nuno Canta – que se prepara para renunciar à presidência da Câmara Municipal do Montijo – não viola a lei das incompatibilidades.

O processo da passagem do autarca montijense para a empresa responsável pelo tratamento de resíduos na península de Setúbal “não está ainda fechado”, garantem fontes socialistas, mas apenas por estar refém de alguns pormenores, entre os quais um parecer jurídico que apresente fundamentação à ‘prova de bala’.

Nuno Canta, um dos autarcas (senão mesmo o autarca) no distrito com maior longevidade num executivo municipal, não dá como garantida a saída antecipada da edilidade, mas deixa a porta aberta. “Não está nada decidido, é o que posso dizer neste momento. Quando estiver tudo pronto, falarei”, disse a O SETUBALENSE, à margem da sessão de abertura do projecto itinerante “Ponto de Transição + Próximo” da S.ENERGIA, na Praça da República, na última sexta-feira.

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O socialista – que acumula cerca de 27 anos na Câmara do Montijo, como vereador e, nos últimos três mandatos, como líder dos destinos da autarquia – rejeitou, porém, que a sua resposta possa ser interpretada como confirmação e adiantou: “São questões que ainda vamos ver, estamos a apurar muita coisa.”

Está prevista realizar-se uma assembleia geral da AMARSUL a 28 de Maio próximo, para a eleição dos órgãos sociais para o próximo triénio. E os nove municípios da península de Setúbal, que detêm 49% do capital social da empresa, têm direito a preencher alguns dos lugares (executivos e não executivos).

Um dos cargos é precisamente o de vogal da Comissão Executiva, actualmente ocupado por João Lobo, antigo presidente da Câmara Municipal da Moita eleito pela CDU, força política que perdeu a maioria na península de Setúbal nas últimas autárquicas – o PS conquistou cinco autarquias (Alcochete, Almada, Barreiro, Moita e Montijo) e a CDU ganhou as restantes quatro (Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal).

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A alteração da correlação de forças na península – Moita foi a pedra de toque, já que passou das mãos da CDU para as do PS em 2021, mantendo-se a configuração política que já existia nas outras oito autarquias – deu aos socialistas a maioria necessária, até então detida pela CDU, para aprovar os nomes a escolher pelos municípios.

E a escolha de Nuno Canta para suceder a João Lobo está feita internamente no PS. Tem vindo a ser articulada na distrital do partido e teve a anuência de Alcochete, Almada, Barreiro e Moita, além de Montijo, que formam maioria entre os municípios na AMARSUL. Subsiste, no entanto, a dúvida de quando se efectivará a saída do autarca montijense da presidência da autarquia para assumir funções na empresa: se em Junho ou em Agosto (em causa está também a preparação da passagem da pasta presidencial no executivo municipal).

O Grupo Mota Engil adquiriu em Julho de 2015 a Empresa Geral de Fomento, então detentora de 51% do capital social da AMARSUL.

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