6 Maio 2024, Segunda-feira
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Julgamento de mulher que matou filho após ver casa desarrumada começa hoje

Mulher é acusada de homicídio qualificado do filho, com 20 anos, na Moita. Queixou-se de violência doméstica e desabafava que estava farta do filho

 

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Maria Odete Ramos, 52 anos, queixou-se às autoridades e vizinhos de ser maltratada em casa pelo seu filho, Diogo Cruz, 20 anos, no Vale da Amoreira, Moita, e no dia 20 de Dezembro do ano passado, enraivecida por ver a casa desarrumada, esfaqueou brutalmente o filho até à morte com sete facadas. Mesmo com a intervenção de vizinhos para a afastar da vítima, dizia que este estava a fingir e que merecia morrer. A mulher tinha feito queixa de violência doméstica contra o filho, processo esse que viria a ser arquivado semanas depois da morte.

Maria Odete está acusada de homicídio qualificado e é julgada a partir desta quarta-feira no Tribunal de Almada. O crime ocorreu em casa que a arguida partilhava com a vítima, que se mudou para lá há dois anos, na Praceta Maria Helena Vieira da Silva, no Vale da Amoreira.

De acordo com o despacho de acusação do Ministério Público, suportado pela investigação da Polícia Judiciária de Setúbal, nessa noite, quando chegou a casa e viu a casa desarrumada, a arguida começou a partir pratos na cozinha e junto ao quarto do seu filho, onde este se encontrava com a namorada. “Confrontada por Diogo Cruz, a arguida disse que já estava farta de o aturar e que tinha que sair de casa”, pode-se ler na acusação.

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Diogo ameaçou chamar a polícia, ao que Maria Odete disse para fazer e logo a seguir viu a mãe dirigir-se à cozinha, empunhar uma faca e correr na sua direcção. “Tem calma, estás a fazer o quê”, perguntou Diogo, fugindo pela casa para a sala de estar, onde foi atacado.

Maria Odete atacou o filho com várias facadas no tronco e quando este já estava inanimado arrastou-o pelas pernas para o corredor. Perante os gritos, vizinhos acorreram à casa e exclamaram para que Odete parasse. “O que estás a fazer, para que ele já não está a resistir”, implorou uma vizinha. Odete respondeu que ele estava a fingir e colocando-se em cima do corpo do filho, esfaqueou-o novamente no pescoço, face e tronco dizendo “ele ainda não morreu, merece morrer, vou matá-lo”.

A namorada da vítima, em choque, foi em auxílio de Diogo, mas Odete virou a faca contra esta, fazendo com que esta fugisse. Um vizinho conseguiu então agarrar Odete e tirar-lhe a arma, mas a fúria era tal, que esta conseguiu escapar e pontapear a cabeça da vítima. Foi detida pela PSP e vai agora ser julgada por homicídio qualificado.

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Cerca de duas semanas antes do crime, Maria Odete queixou-se a uma vizinha “que estava farta do filho, que não o queria lá em casa e que o tiro que este havia levado há uns tempos devia ter atingido a cabeça”. De acordo com a acusação, Odete disse que “qualquer dia se passava e que o matava”.

 

Queixa de violência doméstica arquivada depois da morte  

A acusação descreve que a relação entre homicida e vítima era pautada por conflitos desde há dois anos, quando o jovem se mudou para a sua casa. O jovem não trabalhava, não estudava e vivia às suas expensas. Maria Odete Ramos apresentou uma queixa de violência doméstica contra o filho, mas esta viria a ser arquivada semanas depois do homicídio, a 3 de Janeiro de 2023.

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