3 Maio 2024, Sexta-feira
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‘Má Sorte’ explora o incesto e a morte

Peça esteve em exibição na Escola Secundária Sebastião da Gama com a interpretação de Cátia Terrinca e Pedro Manana

 

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‘Má Sorte’ foi uma das peças escolhidas para integrar a edição deste ano do Festival Internacional de Setúbal. A partir de ‘Má Sorte Ter Sido Puta’, de John Ford (1626), o clássico aborda os temas do incesto e da morte.

As peças de John Ford foram olhadas no século XVII como objectos estranhos ao tom teatral, que era reconhecido e acarinhado pelo público. Os temas que abordava, à época chocantes para a sociedade, foram, mais tarde, valorizados pelos movimentos feministas que lutavam pela liberdade sexual.

Apesar de ter sido penalizado pelo público, muitos foram os dramaturgos e ensaístas que o louvaram e elogiaram as peças de Ford. Algernon Charles Swinburne apreciou “a harmónica pureza da língua” e Samuel Taylor Coleridge a sua linguagem “clara como as estrelas de uma noite gelada”.

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‘Má Sorte’, um espectáculo libidinoso com ambiente de facas e tangos, aborda a relação entre dois irmãos (Bella e Gio) que “cometem vários crimes que nos excitam os sentidos”.

 

Sinopse

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“Dois corpos a quem o desejo é proibido, pelo sangue que par­ti­lham, cometem vários crimes que nos excitam os sentidos. Afinal, o que de­se­ja­mos quando nem Deus nos vê?

Má Sorte, a partir do original Má Sorte Ter Sido Puta, de John Ford, numa adap­ta­ção que se centra num amor egoísta, di­a­bó­lico e des­trui­dor, resgata o que de mais di­a­bó­lico há na per­ver­são, o fim da hu­ma­ni­dade.

“[…] Gio: O meu destino é morrer ou ser amado por ti. Devo morrer ou viver?
Bella: Viver, Gio, Viver. Promete pelas cinzas da nossa mãe que nunca me trairás por ódio ou por prazer. Ama-me, irmão, ou mata-te.
Gio: Promete pelas cinzas da nossa mãe que nunca me trairás por ódio ou por prazer. Ama-me, irmã ou mata-me. […].”

 

A partir de: Má Sorte Ter Sido Puta, de John Ford (1586-1640); Co-produção entre: Buzico!Produções, UmColetivo e CAE Portalegre; Encenação: Paulo Lage; Produção: Duarte Nuno Vasconcellos; Versão Cénica: Cátia Terrinca e Sofia Berberan; A partir da tradução de Cucha Carvalheiro; Interpretação: Cátia Terrinca e Pedro Manana; Cenografia: Bruno Caracol; Figurinos: Mónica Cunha e Olga Amorim; Adereços: Xana Capela; Desenho Luz: João P Nunes; Desenho de Som: Frederico Pereira; Design: David Costa

 

Observação de Teatro:

José Gil – Professor Adjunto de Teatro da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal Actor e Encenador

Maria Simas – Actriz do Teatro do Politécnico IPS e Mestranda

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