3 Maio 2024, Sexta-feira
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Caparica Surf Fest começa amanhã com os melhores surfistas da Europa nas ondas do Paraíso

Até 8 de Abril a Costa vai estar nas atenções do surf numa etapa que é a última do mundial de qualificação europeu

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As ondas das praias do Paraíso e Tarquínio, na Costa da Caparica, recebem já a partir de amanhã, segunda-feira, e até 8 de Abril, os melhores surfistas da Europa na edição de 2023 do Caparica Surf Fest. É a 6.ª e última etapa do mundial de qualificação europeu, que assume extrema importância para as contas do Challenger Series, que precede o Championship Tour, prova de elite da World Surf League (WSL).

“A Costa de Caparica tem-se afirmado, desde há uns anos, no calendário internacional. É um projecto que passou por algumas dificuldades devido à pandemia, mas este será o ano de confirmação deste evento”, afirmou Frederico Teixeira, Event Manager da WSL em Portugal, na passada sexta-feira, durante a apresentação deste festival que traz à cidade atlântica do concelho de Almada mais do que surf.

Durante uma semana, o programa é ainda preenchido com aulas de surf grátis, um espaço dedicado ao skate: o Moche Impact Zone, com uma competição de skate. Há ainda aulas para todos os visitantes, e aulas de Pilates e música ao pôr do sol com os Estrella Galicia Sunset.

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Para Frederico Teixeira, o Caparica Surf Fest é o projecto “com mais potencial e margem de crescimento”, e avançou que a organização “tem muitas ideias para o futuro” para alavancar um evento que “demonstra que a Costa da Caparica é, talvez, o ‘surf spot’ de Portugal mais democrático de todos, e está a 15 minutos do aeroporto de Lisboa”.

Uma valência ainda maior quando o turismo “é uma das maiores fontes de rendimento do País, e a Costa da Caparica assume-se como a melhor alternativa de surf a nível nacional. Queremos mostrar que há mais na Costa da Caparica do que somente ondas”.

O turismo como sector potenciador da economia do concelho de Almada foi também realçado por Filipe Pacheco, vereador responsável pela área do Desporto municipal. “É uma mais-valia do ponto de vista de retorno a nível económico e turístico”, e lembrou a estratégia da Câmara de Almada ao criar, há alguns anos, o projecto “Costa todo o ano” que “visa quebrar a sazonalidade da Costa de Caparica como destino turístico e como grande destino de surf”.

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E, “numa altura que estamos em época baixa, aquilo que queremos é continuar a convidar, de forma permanente, todas as pessoas do concelho, e fora dele, mesmo de outros países, para que venham à Caparica ver bom surf, e que fiquem por aqui, que aproveitem as nossas praias, a nossa restauração, o nosso alojamento, e todo este enquadramento maravilhoso”, acrescentou o autarca.

São tudo razões para Filipe Pacheco afirmar que “este é mais um ano em que a autarquia de Almada aposta no surf de excelência”, uma vez que a etapa Caparica Surf Fest “é também essencial” para o concelho do ponto de vista desportivo. “É muito importante rodearmo-nos de grandes atletas. Precisamos de eventos âncora para desenvolver modalidades cruciais e uma delas é o surf”, afirmou.

Ainda na apresentação da competição, o autarca lembrou que, neste momento, está aberta a discussão no concelho do novo Plano de Estratégia e Desenvolvimento Desportivo”, e voltou a referir-se ao surf como uma modalidade “âncora”, tendo em conta toda a frente de mar do concelho, condição que obriga a “apostar muito nos desportos de ondas”.

Numa semana em que as previsões apontam para as melhores condições para a competição na Costa da Caparica, no masculino vai realizar-se uma etapa WQS 3000, em que apenas o top 7, mais um wild-card se qualificam. No feminino terá lugar um WQS 1000, em que o top 4 – liderado pela recém-coroada campeã europeia, Yolanda Hopkins, mais um wil-card marcarão presença nos Challenger Series.

Além de Frederico Morais, Yolanda Hopkins Sequeira, que já se qualificou para os Challenger Series, e depois de, no ano passado ter terminado a prova da Caparica na 3.ª posição, agora quer mais. “O ano passado foi o melhor campeonato que fiz na Caparica. Eu espero sempre chegar ao número um, mas ainda assim vou aproveitar as ondas, e também para treinar para os Challenger para depois me poder qualificar para o circuito mundial”, disse a surfista algarvia de 25 anos.

Também Francisca Veselko já está nos Challenger Series. A campeã mundial júnior participa na prova da Caparica já a pensar no que aí vem. “Esta etapa vai ser super importante para treinar. Não há nada melhor que competir em casa e ter o apoio da minha mãe, os meus amigos e famílias. As condições vão estar boas e estou a sentir-me bem, saudável e cheia de vontade”, referiu a jovem de apenas 19 anos.

O factor casa está ainda do lado do actual campeão nacional português. Guilherme Ribeiro acredita que este pode ser mesmo o seu ano. “A Costa nunca desilude, e este ano o ‘forecast’ parece o melhor de sempre. Ondas boas e tempo bom. Em relação ao ano passado, mudou muito. Cresci, estou noutra posição do ranking”, e acrescentou: “Já mostrei que é possível lá chegar. Estou à porta de lá chegar e estou pronto para dar tudo nesta etapa em casa. É o tudo ou nada. É matematicamente possível chegar aos Challenger”, afirmou o surfista da Costa de Caparica.

O Caparica Surf Fest conta com o apoio do Turismo de Portugal, Portuguese Waves, Câmara Municipal de Almada, Estrella Galicia, MEO, Millenium BCP, Hertz e Cabreiroá.

Ajudar atletas sub-14 a começarem uma carreira sólida

Este ano, o Caparica Surf Fest conta com mais uma novidade. Trata-se do 1.º evento do Legasea Tour, uma competição de surf com um formato inovador e organizada pelo surfista português Frederico Morais (Kikas), nos dias 7 e 8 de Abril. É um projecto que visa ajudar jovens atletas sub-14 a começarem uma carreira sólida no mundo do surf.

“Foi a forma que encontrei para dar algo de volta ao surf, tentando inspirar os mais novos a tornarem-se surfistas profissionais. Tive em tempos uma escola de surf, e todo esse contacto com os miúdos deixou-me com vontade de fazer mais. O Legasea é tentar passar uma mensagem, tentar incluir cada vez mais os pais, para perceberem o apoio que é preciso. Temos inscrições ainda abertas, mas acho que vamos ter a praia cheia. Não vou só ensinar, vou aprender muito com eles. E estou ansioso por este projecto”, explicou Kikas.

 

 

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