Sem mais protelamentos

Sem mais protelamentos

Sem mais protelamentos

, Deputada do PCP
16 Maio 2024, Quinta-feira
Paula Santos

Ao longo destes anos, o PCP foi a força política que defendeu e interveio pela construção do Novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete, articulado com a construção da Terceira Travessia do Tejo, entre Lisboa e Barreiro, rodoferroviária, e com a ligação à Alta Velocidade Ferroviária entre Lisboa e Madrid.

A verdade é que, depois de todas as evidências técnicas e científicas apontarem o Campo de Tiro de Alcochete como a melhor solução para a construção do Novo Aeroporto de Lisboa, da ação e intervenção das populações, de especialistas, de autarquias, o Governo ficou sem margem para tomar outra decisão. Certamente se recordarão que após a apresentação do relatório preliminar da Comissão Técnica Independente, Luis Montenegro, atual Primeiro-Ministro, não satisfeito, disse que iria criar um grupo de trabalho para avaliar esse relatório.

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Desde o estudo do LNEC de 2008, que concluía pela construção do Novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete, perderam-se 15 anos. Se o processo tivesse prosseguido com normalidade, hoje, muito provavelmente a 1.ª fase do novo aeroporto já estaria em funcionamento.

O que se impõe é que não haja mais protelamentos e que se dê prioridade à construção do novo aeroporto no Campo de Tiro em Alcochete, mas não é isso que sobressai no anúncio do Governo. O que ressalta das declarações desta semana dos membros do Governo é o alargamento da capacidade do Aeroporto Humberto Delgado, para agradar e favorecer os interesses da concessionária, a multinacional Vinci.

Os sucessivos adiamentos não estão dissociados da privatização da ANA, que revelou ser ruinosa para o interesse nacional e para o País.

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Mas mais uma vez são os interesses da Vinci que estão a prevalecer, quando o Governo decide prolongar a atividade do Aeroporto Humberto Delgado, com todos os riscos e impactos negativos que daí decorrem para a população, no que diz respeito ao ruído, à saúde pública e ao ambiente, mas também quando o Governo admite novas negociações e contrapartidas para a Vinci.

Não é o alargamento da capacidade do atual aeroporto na cidade de Lisboa que é preciso. Fazê-lo tem como único objetivo maximizar os lucros da Vinci.  O que é urgente e defende os interesses do País é a construção faseada do Novo Aeroporto de Lisboa, no Campo de Tiro de Alcochete, como há muito está estudado e devidamente fundamentado.

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