10 Maio 2024, Sexta-feira

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O Barreiro Cultural

O Barreiro Cultural

O Barreiro Cultural

O Barreiro tem uma população de quase 80 mil habitantes, apesar de, pela sua área, ser o nono concelho mais pequeno do país. Está a cerca de 20 minutos de barco de Lisboa. Por isso, goza das mesmas condições de outras cidades do arco ribeirinho sul, no que diz respeito a emprego e oportunidades de vida. Mas essa proximidade da capital nunca impediu os barreirenses de desenvolverem uma vida cultural própria. As atividades culturais preenchem os tempos livres de muitos e são uma forma de estar na vida para alguns. Sempre assim foi, desde a antiga vila industrial, até ao presente.
Mas o que torna o Barreiro uma cidade interessante, do ponto vista cultural? Será a massa criativa que aqui se desenvolveu ao longo de anos? Será a variedade artística, tão diversa e rica? Será um número infindável de associações, grupos, comunidades e projetos? De onde lhe vem esta constante efervescência, que marca a sua vida cultural?
O Barreiro não é a cidade da música, do teatro, da fotografia ou da pintura. É de tudo isto, e ainda mais. E é para todos. Não olhando a géneros, idades, preferências culturais. A oferta é grande e variada, e às vezes até se torna difícil chegar a tudo, disfrutar de tudo, tal é a diversidade de espaços e propostas que constantemente chamam a atenção dos habitantes da terra.
No que respeita a projetos que se anunciam para breve, ressalta a prometida construção de um novo teatro municipal, de que será companhia residente a ArteViva – Companhia de Teatro do Barreiro que, ao longo de mais de 40 anos de atividade, e com um projeto de formação que movimenta centenas de alunos, mantem uma oferta teatral permanente.
A par com a educação, a cultura contribui para o desenvolvimento pessoal. Para muitas crianças, esta pode ser um bálsamo e um refúgio, principalmente para aquelas que vivem numa situação social e económica mais desfavorecida. Da biblioteca municipal, às várias associações do concelho, e em complementaridade com as escolas, vasta é a oferta cultural para crianças e jovens.
Por outro lado, a nível económico, é visível (ainda que possa ser difícil de quantificar) o impacto que a cultura tem na vida da cidade. Vemos isso cada vez que, por exemplo, ocorre um OUT.FEST, um Jazz no Parque ou outros eventos culturais. Estes festivais e eventos deram – e dão – a conhecer o Barreiro a muitas pessoas, que aqui se deslocam, algumas delas pela primeira vez, por causa destas iniciativas. Nesses dias, é também notório um movimento acrescido na cidade, nos restaurantes, esplanadas, cafés e parques – espaços cada vez mais concorridos.
Afinal, a cultura não pode deixar de ser vista como uma atração para a cidade. A título de exemplo, é interessante verificar que, no seu site, uma das empresas que está atualmente a construir e promover um empreendimento imobiliário no Barreiro, se refira à cidade nestes termos: “museus, bibliotecas, quase 200 associações, moinhos com muita história, um circuito de arte urbana e muitos espetáculos fazem do Barreiro uma cidade fervilhante culturalmente. O Jazz no Parque, as Festas do Barreiro e o OUT.FEST são alguns eventos que não vai querer perder.”
E o que falta fazer? Muito, claro. Consolidar o que existe, concretizar promessas, apoiar propostas emergentes. Há 15 anos não existia a ADAO (Associação Desenvolvimento Artes e Ofícios), que é hoje um dos polos culturais mais vivos da cidade. Outras associações, projetos e iniciativas irão seguramente aparecer. A nós, cabe-nos participar. E deixar o convite: venham ao Barreiro!

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