5 Maio 2024, Domingo
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Luís Matos: “Vamos consolidar a reabilitação do espaço público e reforçar a proximidade aos fregueses”

Presidente da Junta de São Sebastião lembra visão estratégica delineada para a freguesia e aponta à criação de soluções que intensifiquem o apoio à população

 

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Na primeira entrevista como presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião – cargo que assumiu na última quinta-feira, após a saída de Nuno Costa para o Gabinete de Apoio aos eleitos da CDU na Câmara Municipal de Setúbal –, Luís Matos lembra alguns dos principais eixos de acção da autarquia até final do mandato.

Realça as obras em curso e algumas outras que vão ser iniciadas já em 2024 e debruça-se sobre a “passagem de testemunho” na presidência que, considera, não lhe confere uma legitimidade enfraquecida. “É uma herança muito salutar que nos honra e enche de orgulho”, afirma.

O que lhe pediu Nuno Costa na hora da despedida?

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Pediu e desejou a todos, sem excepção, um bom trabalho. Continuidade no projecto, que foi para isso que assumimos um compromisso enquanto equipa, enquanto grupo, enquanto lista.

Até final do mandato quais serão as prioridades da junta? Poderá haver algum reajustamento ao programa que vinha a ser desenvolvido?

As prioridades, felizmente, por um lado, infelizmente, por outro, vão sendo adaptadas à medida que as dificuldades vão aparecendo. As dificuldades que têm vindo a aparecer estão por nós identificadas há algum tempo. As maiores que nos têm sido colocadas, enquadradas na malha social da freguesia, são as inerentes ao aumento do custo de vida, as sentidas no acesso quer aos cuidados de saúde primários quer às urgências do Hospital São Bernardo, incluindo as pediátricas.

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Que obras estão em curso e que obras podem ser lançadas a breve trecho?

Temos uma visão estratégica no que concerne à requalificação e manutenção do espaço público, que vamos manter e consolidar. Também a criação de soluções que intensifiquem a proximidade, entre a autarquia e a população, e a inclusão [transversais a todos os eixos de acção]. Posso dar o exemplo da inauguração da delegação da junta no Bairro de São Domingos. Tem sido bem acolhida e tem tido procura. Por outro lado, reforçar a nossa capacidade operacional, a participação de todos os fregueses na tomada de opiniões, sugestões e colocá-las à discussão…

Quanto às obras, a nossa intenção é continuarmos a melhorar a acessibilidade e mobilidade, regenerar alguns espaços urbanos identificados como alvos de intervenção, reforçar a nossa relação com a Câmara Municipal no âmbito da transferência de competências. Começou esta semana [semana passada] no Bairro do Monte Belo sul, na Rua dos Atoleiros, uma requalificação relacionada com a criação de áreas pedonais em envolventes a edificados que nunca tiveram zonas pedonais delimitadas e asfaltadas. Há uma obra, na zona da estrada das curvas, que é a criação de uma zona pedonal regularizada para darmos condições de segurança para a circulação automóvel e de peões. Está parada para ser reavaliada, por sugestões e contributos de quem lá passa. Está a ser reformulada e vai ser concluída.

E [outras] obras futuras?

Temos a previsão de iniciar obras na zona mais a norte da Avenida Soeiro Pereira Gomes, na Terroa. Na zona pedonal vamos remover o pavimento e regularizá-lo. Também na zona envolvente, na Rua São Luís, num pequeno troço que falta regularizar, bem como a Rua da Serra da Arrábida (aquelas zonas traseiras da Soeiro Pereira Gomes) também vai ser regularizada, face ao pavimento muito rudimentar que provoca um trânsito pedonal muito inconstante. A Praceta Joaquina Guerreiro tem previsão de obras para 2024, um projecto amplamente sonhado ao longo de quase 40 anos. É um processo construído com o contributo dos moradores. Decidiu-se avançar para um projecto com zonas ajardinadas, de recreio e lazer. Dar nota também de que a zona do Bairro da Camarinha, com bastante circulação de peões e veículos, está a ser intervencionada em três fases: a segunda fase vai ser iniciada em meados de 2024.

Sente que assume o cargo de presidente com legitimidade menos reforçada, por não ter sido cabeça-de-lista nas eleições?

Nuno Costa foi a votos tal e qual como eu e todos os outros foram. Para as autárquicas as pessoas votam num colectivo, numa lista. É claro que a cara mais conhecida é a primeira, mas a minha fotografia estava ao lado da de Nuno Costa. Não há aqui nenhum amargo de boca, pelo contrário é uma herança muito salutar que nos honra e enche de orgulho.

E sentiria o doce de boca de vir a ser cabeça-de-lista à junta pela CDU nas próximas autárquicas?

Nada está falado, estamos no estrito cumprimento das nossas funções, o mandato vai sensivelmente a meio, temos muito tempo para pensar em respostas. Não está nada debatido e as coisas decidem-se, não por imposição, mas por discussão num quadro colectivo, que é a nossa forma de estar.

Se lhe for lançado esse repto, a disponibilidade é total?

Na altura pensaremos de acordo com a perspectiva que existe de continuidade no trabalho.

Esta entrevista pode ser ouvida na íntegra, em podcast, no canal da Popular FM no Youtube.

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