Autarca sadino garante que, apesar das dúvidas causadas, aquilo que afirmou se mantém “totalmente válido”
“É muito difícil nascer em segurança em Setúbal”. Esta declaração de André Martins, presidente da Câmara de Setúbal, causou muitas reacções e deixou dúvidas no ar, de acordo com o autarca, mas ainda assim, o edil sadino garante, em comunicado, que aquilo que afirmou se mantém “totalmente válido”.
A afirmação proferida por André Martins aconteceu no discurso realizado na sessão solene evocativa do Dia de Bocage e da Cidade, no passado dia 15 de Setembro. O autarca realizou esta afirmação no âmbito do encerramento, no fim de semana que se seguiria, dos serviços de pediatria e Ginecologia/Obstetrícia e Bloco de Partos do Hospital de São Bernardo. Dentro desse contexto, André Martins afirmou que seria “muito difícil nascer em segurança em Setúbal, numa operação que o Governo baptizou de Nascer em Segurança”.
“Nos dias em que celebramos Setúbal, [até domingo, 17 de Setembro] será muito difícil nascer em segurança em Setúbal, numa operação que o Governo baptizou de ´Nascer em Segurança´”, comentou, acrescentando: “Uma capital de distrito não pode pensar pequeno, mas é a esta pequenez que alguns, pelo seu desempenho, parecem estar apostados em nos querer condenar. Uma pequenez que não aceitamos nem aceitaremos”.
Apesar das várias dúvidas causadas entre vários sectores, uma delas a levar até uma reacção de Manuel Pizarro, ministro da Saúde, em entrevista a O SETUBALENSE, o presidente da Câmara de Setúbal, diz ser forçado a “reafirmar o que disse”, uma vez que “com aqueles serviços encerrados não é possível nascer na cidade, com ou sem segurança”
Em comunicado, através das redes sociais, o autarca assegura que o que afirmou “mantém-se totalmente válido, pois continua a não haver os necessários recursos humanos no Hospital de São Bernardo”. O líder do executivo CDU realça também que este é um problema que a autarquia sadina tem “insistentemente” alertado o Governo, sendo que até agora não forma encontradas “soluções que permitam a abertura em permanência daqueles serviços”.
O presidente da Câmara Municipal de Setúbal, perante a situação apresentada no sector da saúde, rejeita “por completo” outra situação que não a da “abertura permanente daqueles serviços”.
