30 Abril 2024, Terça-feira
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Tribunal condena grupos de tráfico de droga que tinham intermédio no Montijo

Penas, entre os 8 e 13 anos, foram aplicadas aos arguidos de nacionalidades brasileira e sérvia

 

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O Tribunal de Lisboa condenou, esta quarta-feira, a penas entre os 13 e 8 anos de prisão sete arguidos por associação criminosa e tráfico de droga internacional num esquema que trazia cocaína desde o Brasil para Portugal dissimulado em café com destino à Europa de Leste.

Os arguidos são membros da organização criminosa brasileira Primeiro Comando da Capital (PCC) que traziam para Portugal cocaína, bem como membros de um grupo da máfia sérvia – os compradores – e um português, cúmplice do grupo brasileiro. O tribunal julgou ainda o sequestro do arguido português pelos restantes que o acusavam ter perdido a droga, mas foram absolvidos desse crime.

O processo começou com a detectação de 240 quilos de cocaína dissimuladas em café na Alfândega de Alverca em Outubro de 2022, proveniente do Brasil. A droga pertencia ao PCC, que se queria introduzir no mercado europeu em ligações com um grupo sérvio.

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No dia 11 de Outubro, Marcos Miranda – brasileiro do grupo PCC e agora condenado a 12 anos de prisão –, levantou a droga que estava já a ser vigiada numa empresa logística em Alverca, fazendo-se representar por uma empresa importadora do café. O arguido conduziu a sua carrinha cerca de duas horas, realizando manobras de contra vigilância na margem sul para despistar eventuais seguidores, até que se apercebeu que estava a ser seguido.

Deixou a carrinha num parque de estacionamento de um centro comercial do Montijo, onde Francisco Martins, português cúmplice de Marcus, o foi buscar. Francisco foi condenado agora a 12 anos e três meses de prisão.

Nesse dia, o português tinha indicações para ir buscar a viatura estacionada com a droga, mas fê-lo no dia seguinte e não a encontrou. Na noite anterior, a PJ tinha apreendido a viatura e toda a droga. Francisco contactou Marcos e Wanderson Oliveira, outro arguido pertencente ao grupo PCC em Portugal, a comunicar que a droga tinha desaparecido e logo temeu pela sua vida. Wanderson foi condenado a 13 anos de prisão.

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Ao terem conhecimento do desaparecimento da carga, os dois grupos de tráfico de droga pensaram que o arguido de nacionalidade portuguesa as estava a ludibriar. Do Brasil veio Flávio Oliveira, agora condenado a oito anos e seis meses de prisão, e de Espanha, vieram para Lisboa os sérvios, compradores da droga – Uros Piperski e Aleksander Stojkovic.

Foram agora condenados a penas de oito anos e seis meses de prisão. A ideia era pressionar o português para perceber o que tinha acontecido à droga e sequestraram-no. Foram detidos pela PJ quando se preparavam para levar Francisco para Espanha, mas foram agora absolvidos de sequestro.

Marcos Miranda e Francisco foram detidos, mais tarde, pelo crime de associação criminosa tráfico de estupefacientes. O português em tribunal alegou não saber da droga, que tinha sido aliciado para comercializar café importado do Brasil, mas essa tese não foi aceite em tribunal. O próprio café estava estragado.

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