30 Abril 2024, Terça-feira
- PUB -
InícioLocalMoitaFabrício Pereira: “Espero inaugurar as novas oficinas nas Festas da Moita”

Fabrício Pereira: “Espero inaugurar as novas oficinas nas Festas da Moita”

Pela dimensão e pelo valor do investimento – que pode chegar até aos 250 mil euros –, esta será a “obra do mandato”, admite o socialista, que aborda também algumas das promessas eleitorais cumpridas. Mas há uma que, admite, poderá não se concretizar neste mandato

 

- PUB -

Enérgico e confiante, Fabrício Pereira debruça-se sobre algumas das áreas que têm merecido particular atenção do executivo que lidera na Junta de Freguesia da Moita. Em entrevista a O SETUBALENSE e à Rádio Popular FM, o autarca faz um balanço às intervenções nas escolas, diz-se disposto a receber do município a competência de manutenção do Centro de Saúde e elege as novas oficinas como “a obra do mandato”. Explica a implementação de contratos-programa para apoiar as associações e revela que, em termos políticos, para já, a ambição não vai além da freguesia.

O que está por detrás da “Tradição e Inovação” que intitula o mais recente boletim informativo da junta?

Foi o lema com que nos apresentámos a eleições em 2021. Tradição, porque a Moita é uma terra de costumes, hábitos, muita cultura, náutica, taurina, gastronómica, e quisemos garantir que estamos e estaremos sempre na defesa dessa tradição, que queremos transmitir às futuras gerações. Inovação, porque a Moita tinha parado no tempo e temos feito os possíveis para trazer iniciativas novas, investimentos novos, sempre respeitando a tradição.

- PUB -

A Educação é um tema em destaque. As intervenções de requalificação das escolas estão perto de ficarem concluídas?

Através da delegação de competências do município, recebemos a escola secundária, a de 2.º e 3.º ciclo Fragata do Tejo e a D. Pedro II. São aquelas que apresentavam e continuam a apresentar alguns problemas estruturais. Conseguimos atenuar e resolver cerca de 40 a 50 % dos problemas, mas este é um trabalho contínuo e só podemos estar um pouco mais descansados quando conseguirmos alcançar a neutralidade das necessidades. Ou seja, quando deixar de haver necessidade de tanta reparação, tanta actualização dos espaços, e passarmos só para os trabalhos de manutenção.

São preocupantes essas necessidades?

- PUB -

Algumas são, em termos orçamentais. Mas todas têm resolução. Estamos a falar em isolamentos, problemas de infiltrações… grandes investimentos, alguns têm sido feitos com o apoio do município, como por exemplo a substituição do ramal de canalização principal da Escola D. Pedro II, à volta dos 40 mil euros, também a remoção de uma cerâmica da fachada da Secundária da Moita, entre outras. Existem necessidades identificadas. Este ano vamos arrancar com o isolamento e pintura das paredes do ginásio da Secundária, com um terço do investimento a ser suportado pelo município. Terminámos hoje [última sexta-feira] a pintura e requalificação de mais quatro salas na Fragata do Tejo. Nas férias do Natal tínhamos requalificado oito ou nove salas. Tem sido um desafio gratificante.

O Orçamento Participativo foi uma das medidas inovadoras. Como está a correr o processo este ano? Está a ter maior adesão?

Este ano temos cinco ou seis propostas. O processo está um pouco atrasado, mas as propostas serão colocadas brevemente a votação. Sei que existem propostas culturais, propostas de mais equipamentos de manutenção física e vamos aguardar. Esta é sempre uma iniciativa que causa alguma expectativa ao executivo, porque não sabemos o que vamos ter de realizar, implementar, num espaço de tempo que é curto.

As transmissões “on-line” das reuniões da Assembleia de Freguesia também foram aposta…

… Foi uma promessa nossa. Foi nosso objectivo aproximar a população da instituição. Estivemos quatro anos na bancada da oposição, no mandato anterior, e tínhamos uma ou duas pessoas a assistirem às reuniões. E dizíamos: “estamos aqui, podemos debater ideias, quem é que nos está a ouvir? De que é que nos vale? As pessoas não sabem o que se passa numa assembleia, numa junta de freguesia”. Tal como o Orçamento Participativo, a transmissão das reuniões foi uma ideia com o intuito de trazer as pessoas à junta. Hoje em dia é difícil puxar as pessoas para a política. Assim leva-se a informação até às pessoas que, em casa, podem ouvir-nos no computador ou no telemóvel. E têm todas as assembleias disponíveis no nosso site e no YouTube para poderem consultar.

Espera concretizar até final do mandato o rinque na Urbanização de S. Sebastião? Até porque, esta foi uma promessa eleitoral?

Temos intenção de o construir. Já apoiámos a constituição da associação de moradores e o desafio está agora em encontrar um local adequado. Estamos a falar de um investimento à volta dos 60/70 mil euros, estamos a preparar-nos em termos orçamentais para isso e há vontade do município comparticipar o projecto em 50%, o compromisso foi verbalmente assumido. É o desafio em que estamos a ter maior dificuldade, por causa da localização. O terreno que tínhamos em mente pertence ao IHRU e depois de falarmos com a associação de moradores e residentes achámos que ficava ali muito escondido, não muito acessível. Mas está em aberto. Se chegarmos a essa decisão, terá de se pedir ao IHRU a cedência do espaço.

Não vai ser concretizado neste mandato?

Vamos ver. Queremos fazê-lo. Só precisamos de localização para começarmos a desenvolver o projecto. Esperamos que assim seja, senão têm de nos dar um pouco mais de tempo.

A construção das novas oficinas da junta vai ser a obra do mandato? Quando arrancam os trabalhos e quando deverão estar concluídos?

Será em termos de dimensão e investimento. Estamos a falar entre os 200 mil e os 250 mil euros, em termos globais. Iremos realizar esta obra com capitalização própria, não iremos recorrer a empréstimos nem existem fundos comunitários de apoio. É a obra do mandato, que não era promessa eleitoral. Vamos recuperar um espaço que está deteriorado, melhorar condições de operacionalização e no pátio, que também queremos arranjar, vamos desenvolver actividades culturais e desportivas com a população. Espero estar a inaugurar em Setembro deste ano as oficinas, o ideal seria nas Festas da Moita. Se não der, espero que o consigamos até final de 2024.

Os contratos-programa que a junta está a fazer com as associações, para atribuição de apoios, não aumenta a carga burocrática, não dificulta o processo, como acusa a CDU?

A CDU esteve na junta 16 anos e não era feito qualquer controlo às associações que recebem dinheiros públicos. Os contratos-programa permitem saber se as associações que recebem verbas públicas têm todas as situações regularizadas. Como poderíamos estar a apoiar uma colectividade que está com dívidas ao Estado? Isto era um “mal necessário”. Creio que 2023 foi o ano em que a junta deu o maior volume financeiro de apoios na sua história.

Quais vão ser os próximos trabalhos a executar?

Continuar os trabalhos de manutenção e nas escolas, queremos pegar na organização toponímica no Penteado, dar outra aparência, criar novos suportes de placas, vamos também intervir no mobiliário urbano do Bairro da Caixa e depois vamos tentar desenvolver outros projectos, como implementar um parque desportivo na zona da Freira, em parceria com a Junta de Gaio/Rosário.

Voltando um pouco atrás, à delegação de competências do município para a junta, vai abranger o Centro de Saúde da Moita?

A junta quer. Está em fase de negociação, esperamos que aconteça rapidamente para podermos começar a actuar. Não poderemos ficar com todo o tipo de responsabilidades, mas será para nós um gosto termos a nossa equipa ao serviço da população nesse espaço público.

Gostaria de se recandidatar à junta ou preferiria integrar a lista candidata à Câmara Municipal?

Neste momento estamos focados em, até final do mandato, fazer o máximo possível e actualizar o espaço público da freguesia. O meu projecto é na junta de freguesia com a equipa em que estou inserido.

- PUB -

Mais populares

Cavalos soltam-se e provocam a morte de participante na Romaria entre Moita e Viana do Alentejo [corrigida]

Vítima ainda foi transportada no helicóptero do INEM, mas acabou por não resistir aos ferimentos sofridos na cabeça

Homem de 48 anos morre enquanto trabalhava em Praias do Sado

Trabalhador da Transgrua estava a reparar um telhado na empresa Ascenzo Agro quando caiu de uma altura de 12 metros

Árvore da liberdade perpétua 25 de Abril em Setúbal

Escultura de Ricardo Crista foi inaugurada, no Largo José Afonso
- PUB -