Alexandra Carvalho recebeu prémio de Figura de Economia por Carlos Abreu, administrador da Secil
A nova presidente da Transtejo Soflusa, nomeada para o cargo em Abril do ano passado, para o triénio 2023-2025, não precisou de muito tempo para apresentar trabalho. Em poucos meses mudou a postura da empresa, melhorou o clima social, reduziu os constrangimentos na operação e avançou para a fusão das duas operadoras.
Em Outubro já o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, anunciava, na Assembleia da República, a fusão das empresas Transtejo e Soflusa, e com pressa. O governante assegurava que o processo seria concretizado até ao final do ano Alexandra Ferreira de Carvalho, licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1992, e tinha sido, até então, desde 2017, directora do Fundo Ambiental. Sucedeu, na presidência do conselho de administração, a Marina Ferreira, que “caiu” na sequência da polémica da compra dos novos navios eléctricos sem as respectivas bate rias. A forma como a anterior administração conduziu o procedimento foi arrasada pelo Tribunal de Contas e deu origem a uma audição parlamentar na comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, requerida por PCP, PSD, PS, BE e IL.
A nova presidente da empresa também foi ouvida e resistiu à tempestade. O reforço das duas empresas passou pelo aumento do número de trabalhadores, com recordes em 2023. Em Novembro eram 461 funcionários, o total mais elevado desde 2018, e, nesse ano, o crescimento do emprego nas duas operadoras foi de 5%. Nos primeiros oito meses à frente da administração das duas empresas, Alexandra Carvalho avançou com o concurso público internacional para aquisição das baterias, iniciou a reparação da frota existente, com docagem de alguns navios e, logo nas primeiras duas semanas, reuniu com os sindicatos, com as comissões de trabalhadores e com todos os presidentes de câmara dos concelhos onde existe transporte fluvial.
Os outros nomeados para a categoria de Economia eram Carlos Correia, presidente da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS), assim como do Porto de Lisboa – pela forma aberta e envolvente como promoveu a celebração do centenário do Porto de Setúbal – e Guy Villax, fundador da Hovione, a multinacional portuguesa que está a construir uma fábrica no Seixal. Alexandra Carvalho recebeu o Golfinho d’Ouro das mãos de Carlos Abreu, administrador da Secil, empresa patrocinadora principal da gala e forte apoiante das colectividades de Cultura e Desporto.