Apesar de contar fazer todos os pagamentos deste mês, o líder dos sadinos deixa alerta: “Se não houver uma posição por parte dos clubes, vamos ter problemas graves no final de Abril”
Numa altura em que são mais as dúvidas que as certezas sobre o futuro da presente edição da I Liga de futebol, Paulo Gomes, presidente do Vitória FC, confessa-se “preocupado” com a situação actual, mas assegura que o emblema setubalense, que cumpriu o controlo financeiro determinado pelos regulamentos da Liga a meio do mês de Março, vai, para já, conseguir cumprir com as suas obrigações imediatas.
“Contamos conseguir fazer todos os pagamentos este mês. Quanto ao próximo mês, se não houver receitas, entraremos numa situação bastante complicada e, nesse caso, teremos de avaliar como é que vamos funcionar. Para já, estamos a terminar o mês e contamos cumprir com as nossas obrigações”, reiterou o dirigente que foi empossado na presidência a 20 de Janeiro.
Apesar disso, Paulo Gomes deixa um alerta: “É importante frisar que se a situação actual se mantiver durante muito mais tempo, e não houver uma posição por parte dos clubes, vamos ter problemas graves no final do mês de Abril. Daí haver necessidade dialogar e concertar entre todos a forma de mantermos as estruturas de futebol vivas e evitar uma situação de ruptura”.
Questionado sobre a possibilidade de o Vitória ter de vir a reduzir os salários dos seus profissionais, como fizeram clubes como o Barcelona e Juventus, o líder dos sadinos é peremptório. “Não podemos comparar as realidades. Muita gente acha que o futebol mundial é feito de ‘Cristianos Ronaldos’ e por clubes dessa dimensão. Em jogadores que ganham milhões facilmente se cortam salários, enquanto aqui os salários não têm a mesma dimensão”.
Paulo Gomes considera que, nalguns casos, a redução salarial poderia “colocar em causa a subsistência de alguns jogadores”, avisa. “Nós, Vitória FC, vamos dar sempre prioridade ao pagamento de salários. Será sempre essa a nossa prioridade. É importante que o futebol e as estruturas em conjunto pensem na sobrevivência do todo e não apenas de um, dois ou três”, sublinha.
