7 Maio 2024, Terça-feira
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PCP na Quinta do Conde organiza tribuna pública para reivindicar serviços de saúde “públicos, de qualidade e para todos”

Francisco Jesus, presidente do município de Sesimbra, frisou a necessidade de investimento por parte do Governo

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Na manhã desta sexta-feira, o Partido Comunista Português (PCP) na Quinta do Conde dinamizou uma tribuna pública, junto ao centro de saúde da Quinta do Conde, para reivindicar “mais e melhor saúde na freguesia, no concelho de Sesimbra e no nosso país” e afirmar que “a Câmara Municipal de Sesimbra não devia substituir o Governo” na defesa de um Serviço Nacional de Saúde “público, de qualidade e para todos”.

Vítor Jesus, parte integrante da Comissão de Freguesia do PCP na Quinta do Conde, começou por dizer que “o PCP na freguesia, em conjunto com a população, organizou nestes últimos anos várias acções reivindicativas, desde concentrações a recolhas de assinaturas, exigindo a construção de um novo centro de saúde, visto que o actual nunca conseguiu dar resposta face ao número de residentes na freguesia”, pelo que “exige que o Governo assuma as suas responsabilidades para com os quintacondenses”.

Na sua intervenção, Francisco Jesus, presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, frisou que “o município não tem nem deveria ter responsabilidades para construir centros de saúde nem substituir em larga escala as responsabilidades da administração central mas, da leitura que fazemos, colectiva e determinada, percebemos que se não fosse assim ainda mais longe estariam os quintacondenses e os sesimbrenses das respostas necessárias de saúde primária”.

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Nas palavras do edil, “mais de 10 mil utentes no concelho de Sesimbra não têm médico de família e existem muito mais habitantes do que aqueles efectivamente inscritos no concelho, em particular na Quinta do Conde. Temos uma degradação de dia para dia das respostas que devem estar ao serviço das populações e são um direito constitucional de todos”. 

Francisco Jesus disse ainda que “o município pode, por vezes, substituir a acção do Governo, mesmo que daí resultem maiores insuficiências do município para a resposta da sua responsabilidade, mas é preciso com a população mudar esta situação. É isso que estamos a fazer e é importante que o continuemos a fazer no futuro”.

Recorde-se que a Câmara Municipal de Sesimbra celebrou a 18 de Setembro de 2022 um protocolo de colaboração e cooperação técnica com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) para a candidatura a fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), tendo como objectivo construir o novo equipamento de saúde quintacondense. A autarquia, para além de assumir parte dos custos da obra, compromete-se a construir arruamentos, parqueamentos, infra-estruturas e arranjos exteriores, num investimento superior a dois milhões de euros provenientes de verbas municipais.

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Também Luís Leitão, membro do comité central do PCP, marcou presença na tribuna pública de sexta-feira, reiterando “a falta de investimento no SNS” e apontando “a formação de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde e a valorização dos mesmos” como uma das medidas a tomar “para pôr o SNS a funcionar devidamente, com outra política, a de olhar para as pessoas e não a serviço das pessoas, em que se cumpra a constituição e todos tenham efectivamente direito à saúde”.

A necessidade de existir um “serviço de atendimento permanente a funcionar no distrito de Setúbal” foi igualmente uma questão levantada por Luís Leitão, que considera que este é “o primeiro impacto para que as urgências hospitalares não fiquem cheias”.

 

Uma luta com mais de 10 anos

No momento participou igualmente a Comissão de Utentes da Saúde da Quinta do Conde, com intervenções de António Cristo e Emília Leite, que defende “a cobertura de toda a população com médico e enfermeiro de família, a construção de um novo centro de saúde e a criação de uma unidade de urgência básica, com atendimento nocturno a partir das 20h00 até às 08h00 e devidamente equipada com um aparelho de raio-x simples e um kit de análises clínicas simples e um eletrocardiógrafo”. 

De acordo com Emília Leite, “os problemas são muitos” e o actual centro de saúde, “quando inaugurado em 2012 já não dava resposta aos utentes da freguesia, ao número de residentes da Quinta do Conde”. Desde então “temos vindo a reclamar a construção de um novo. Já passaram 10 anos e continuamos a aguardar. Pedimos neste sentido o apoio da população para reivindicar junto do Governo, do ministro da Saúde e do novo director executivo do SNS que acelerem este processo e resolvam de uma vez o problema da população da Quinta do Conde no acesso à saúde”.

A constituição de equipas de profissionais de saúde “com médicos especialistas em medicina geral e familiar, em saúde materno/infantil, saúde dentária, saúde mental, saúde visual e medicina física e de reabilitação” faz igualmente parte das medidas defendidas pelo grupo, sem esquecer “o término das desigualdades existentes ao nível das condições de funcionamento, atendimento e trabalho entre a Unidade de Saúde Familiar e a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados e a realização de diversos rastreios”. 

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