Empresa que opera na AML pretende complementar a formação dada aos motoristas e “poupar o ambiente”
O primeiro simulador de condução de autocarros de passageiros já chegou a Portugal e foi adquirido pela Alsa Todi, empresa que opera na Área Metropolitana de Lisboa, nos concelhos de Setúbal, Alcochete, Barreiro, Montijo, Moita e Palmela. A compra deste novo equipamento visa “complementar a formação” que a empresa dá aos candidatos a motoristas, nas provas de admissão, reforçando as questões de segurança, e “poupar o ambiente”, tendo em conta com o uso deste equipamento existe uma redução de emissões de gases de efeito de estufa.
Este equipamento, que ficará nas instalações da Alsa Todi, na Moita, já foi testado por Rui Lopo, administrador da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML). Em nota de Imprensa a Alsa Todi explica que este simulador tem “todas as características de um autocarro em tamanho real, desde a cabine, pedais, espelhos, a todo o painel de controles e instrumentação necessários para conduzir este tipo de veículos”, sendo que “reproduz a 100%” as funcionalidades dos autocarros de passageiros.
Tendo o simulador um ângulo de visão de 360º, alguns exercícios disponíveis incluem “manobras delicadas” em espaços estreitos ou de estacionamento e são “recriadas diferentes condições climáticas, que afectam visual e fisicamente a condução, por forma a que o aluno fique familiarizado com todo o tipo de ocorrências climatéricas”. A Alsa Todi explica que o simulador também incorpora todos os efeitos sonoros típicos do trânsito e “destaca-se pelo grande número de cenários disponíveis”, visto que são “mais de 300 quilómetros de percursos, adequados a qualquer prática de condução”.
De acordo com a empresa, cada simulador tem um posto do instrutor conectado à cabine do condutor, com um software que detecta em tempo real os erros que o aluno comete, existindo a possibilidade de o instrutor “fazer uma pausa na simulação e interagir imediatamente para corrigir o erro”.
Este equipamento pode também inserir falhas no veículo, como furos, falha no sistema de travagem ou na direcção, para “preparar o aluno para essas situações”. O simulador permite também “seleccionar uma hora do dia e fazer simulações relacionadas com a intensidade de tráfego e a velocidade em que os veículos se movem no cenário”, possibilitando também inserir os percursos reais que os candidatos a motoristas irão fazer no futuro, incluindo os locais, desses trajectos, “mais sensíveis ou susceptíveis de possíveis ocorrências”.
Para Juan Gomez Piña, responsável pela operação da Alsa Todi em Portugal, ao adquirir este simulador, a empresa está a ser “pioneira” e a introduzir na formação para a condução de autocarros, em Portugal, uma “ferramenta que já é utilizada em aulas para outro tipo de veículos, ligeiros e pesados, e que se tem revelado muito útil na preparação dos futuros condutores”.
No entender do responsável, esta aquisição vem “reconfirmar a aposta na formação” dos motoristas e na segurança dos passageiros. “Revela, também, a nossa permanente preocupação com a protecção do meio ambiente, já que a utilização do simulador permite reduzir as emissões de gases de efeito de estufa para a atmosfera”, refere Juan Gomez Piña.
