De 9 a 12 deste mês, a Rota do Arroz não só convida à mesa como a conhecer o concelho responsável por 33% da produção nacional de arroz
A Rota do Arroz, em Alcácer do Sal, junta 58 restaurantes de todo o concelho na sua 4.ª edição, entre 9 e 12 de Maio. Organizado pela Câmara Municipal, com o apoio da APARROZ, este evento gastronómico visa fomentar a economia local, preservar a identidade, os sabores e saberes tradicionais, valorizar os produtos endógenos e promover o território.
“Pretende-se dinamizar a restauração de Alcácer do Sal na época baixa”, diz Rita Tavares, responsável do Gabinete de Turismo da autarquia. Além disso, “é um desafio aos restaurantes do concelho para revitalizarem algumas das nossas receitas de arroz. Somos uma terra que produz 33% do arroz nacional”, diz a técnica, o que faz com que este produto “tenha um grande peso na alimentação e história de Alcácer do Sal”.
Curiosamente, apesar da base alimentar ser a mesma, a sua confecção é significativamente diferente nas localidades do concelho, dependendo se são de litoral ou interior. Assim, na zona da Comporta, Carrasqueira e mesmo na vila de Alcácer do Sal os pratos “incluem sempre bivalves do rio”. No interior, caso Santa Susana, Santa Catarina, Torrão e Casebres, “o arroz é confeccionado com aquilo que a terra dá e com carnes de capoeira”, diz Rita Tavares.
É desta variedade que no concelho chegam à mesa pratos de arroz com túberas ou arroz de forno com carnes, ou ainda com lingueirão, ameijoas e choco. E surgem também combinações inesperadas como arroz de pato com enguias fritas e que é um dos pratos mais vendidos por um dos restaurantes participantes.
Mas há muito mais à mesa neste que é o segundo maior concelho do País e onde a gastronomia tem o arroz como base principal, mas bastante diferente consoante as freguesias. Nestes dias da Rota do Arroz, a proposta gastronómica passa por risotos, arroz de bacalhau com espinafres e grão, arroz de berbigão com corvina, arroz árabe com empada de coelho, paelha negra, risoto Primavera, “um bocadinho de tudo” como diz Rita Tavares.
