28 Abril 2024, Domingo
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Gabriela Soares: “Estarei de coração aberto para trabalhar como presidente de junta mas também para novos desafios”

A socialista abre as portas a uma recandidatura, mas não descura outros voos. Analisa seis anos à frente da junta e defende a manutenção da união das freguesias

 

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Gabriela Soares, presidente da União das Freguesias de Barreiro e Lavradio e coordenadora da Delegação Distrital de Setúbal da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), elege as principais marcas do trabalho desenvolvido na junta. Em entrevista a O SETUBALENSE e à Rádio Popular FM, a autarca dá nota de bom comportamento à oposição e revela o novo projecto de sensibilização para a higiene urbana que agora arranca. Quanto ao futuro… a disponibilidade é total.

O Distrito de Setúbal passou a ter 55 freguesias após a reorganização administrativa. São todas associadas da ANAFRE?

Somos dos distritos com cem por cento das freguesias associadas. É muito bom, mas também é um grande desafio para quem coordena este distrito, porque não sei se é mais difícil manter as freguesias associadas ou cativá-las para pertencerem à ANAFRE.

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Defende a desagregação da União das Freguesias de Barreiro e Lavradio ou não?

Julgo que neste momento não fará sentido desagregar o Lavradio do Barreiro. Diria mesmo que é benéfico para o Lavradio, para que possa ganhar alguma escala. Há uma história construtiva que faz com que estas duas freguesias estejam ligadas por um parque industrial, da Baía Tejo. Acarinho muito o Lavradio no sentido de perceber o bairrismo que esta vila tem, mas achamos que neste momento a agregação é benéfica em termos dos próprios recursos da freguesia, quer a nível operacional quer financeiro, mas também naquilo que são as previsões de investimento que estão na calha. A união faz força. Enquanto presidente tomo muito as dores do Lavradio, mas não me esqueço do Barreiro.

Que análise faz ao trabalho desenvolvido na junta?

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Tem sido muito positivo, com muito mérito da equipa que me acompanha e do pessoal operacional. Como políticos temos de ter uma capacidade: não ter medo de decidir, de arriscar. Tivemos logo um conjunto de desafios muito grande, no sentido da reorganização dos serviços. Já lá vão seis anos, olho para trás e… é um grande orgulho. Se mais nada restar, sei que vou deixar marcas consideráveis na União das Freguesias de Barreiro e Lavradio. Vou deixar obra feita, uma casa arrumada e uma equipa que veste a camisola.

Que marcas destaca ao longo destes últimos seis anos?

Tivemos de demolir o polidesportivo da Avenida da Praia, que estava em risco de derrocada, e reerguemos um equipamento “fora da caixa”, todo ele envidraçado, virado para o rio. Essa é uma obra muito importante. Na vila do Lavradio, orgulho-me de várias obras que temos feito: o posto dos CTT que foi fechado e que nós reabrimos com trabalhadores da freguesia – pouco tempo depois recebemos um prémio como uma das lojas do distrito, entregues a terceiros, com maior volume de negócio, fomos crescendo e hoje em vez de um temos dois balcões, agora no Mercado do Lavradio. Estamos agora a terminar uma empreitada de recuperação de um conjunto de espaços verdes… E as escolas. O parque escolar era miserável. Fizemos aí um grande investimento. Diria que, provavelmente, [logo de início] 20 por cento do nosso orçamento, no mínimo, deve ter sido utilizado para a melhoria das condições do parque escolar.

Qual será o orçamento da junta para 2024?

Temos uma proposta de orçamento que ultrapassa em pouco 1 milhão de euros. Em virtude do aumento do envelope financeiro no âmbito da transferência das competências da Câmara Municipal e também do aumento do Fundo de Financiamento das Freguesias. Vamos ouvir a oposição e reunir a Assembleia de Freguesia para discussão do orçamento.

Que nota atribuiria à oposição na junta?

Temos tido uma convivência excelente com a oposição, temos encontrado forma de termos o orçamento com uma aprovação generalizada. Não há propriamente pontos de desacordo. Há mais perspectivas diferentes para fazer face às necessidades da União das Freguesias. A oposição tem tido uma intervenção pacata. Construtiva, mas pacata.

Em que áreas se sente, na junta, maior dificuldade de intervenção?

Talvez a da higiene urbana. Desde o primeiro ano de mandato que tenho tentado “vender” ao senhor presidente Frederico Rosa uma ideia, que já “comprou”, porque é uma pessoa de bom-senso e de uma inteligência fenomenal. Sempre me bati por um maior trabalho de equipa entre as juntas e as câmaras e depois com a população. Há cerca de um ano o senhor presidente da câmara celebrou com as juntas protocolos que nos permitiram adquirir uma nova viatura, para colaborarmos na recolha de lixos e monos não agendada. E criámos um projecto para as redes sociais, chamado “Freguesia Verde” que tem como slogan: “Lixo na rua não, tu fazes parte da solução”. Identificámos “influencers” que pudessem fazer connosco vídeos de sensibilização para as redes sociais, que vão ter testemunhos e apelos de pessoas muito conhecidas na comunidade. A seguir iremos para as escolas falar com as crianças, depois para os estabelecimentos comerciais, para as colectividades, instituições de idosos, para dizermos da importância de colocar o lixo no sítio certo. No final deste ano lectivo, teremos uma manifestação com as crianças das escolas. E isto é para continuar…

Está disponível para se recandidatar?

Estou sempre disponível para servir a população do Barreiro, que é a minha terra, da União das Freguesias de Barreiro e Lavradio, que é a minha freguesia. Estarei sempre de coração aberto e mangas arregaçadas para trabalhar como presidente de junta, mas também disponível para novos desafios.

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