26 Abril 2024, Sexta-feira
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Duarte Cordeiro: “A Carris Metropolitana na Península de Setúbal está quase a atingir o contratado”

Ministro do Ambiente e da Acção Climática diz que TML está a ganhar experiência de gestão que lhe abre portas para outros transportes no futuro. Sobre as pontes Seixal-Barreiro-Montijo revela que o projecto foi desenhado como pedonal, mas acrescenta que podem ser compatibilizadas com o Plano Ferroviário Nacional

 

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Duarte Cordeiro, que aos 44 anos tem em mãos a pasta do Ambiente e da Acção Climática no XXIII Governo Constitucional, assume falhas neste primeiro ano de serviço da Carris Metropolitana, mas entende que o serviço de transporte já está praticamente em linha com o contratado. Considera a experiência positiva para o papel a desempenhar, no futuro, pelas áreas metropolitanas em geral e pela Transportes Metropolitanos de Lisboa, em particular. Em entrevista ao jornal O SETUBALENSE, Duarte Cordeiro adianta que, sobre as pontes Seixal-Barreiro-Montijo, há a possibilidade de as mesmas serem rodoferroviárias. Isso “dependerá da evolução ferroviária”, diz.

A Carris Metropolitana está a funcionar há um ano na Península de Setúbal. Que balanço faz?

Apesar de no início terem existido algumas dificuldades na sua implementação, muito decorrente do facto de estarmos num contexto de recuperação pós-pandemia, hoje podemos olhar para trás e perceber que, quer a nível do número de passageiros, quer ao nível dos milhões de quilómetros percorridos, o projecto superou substancialmente aquilo que era a oferta que havia anteriormente. Em suma, está quase a atingir aquilo que estava definido nos contratos e, portanto, é muito bom sinal.

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Que aspectos acha que ainda são necessários melhorar? Há quem repare, como, por exemplo, os deputados do PS, que a abrangência do Navegante deveria estender-se a casos como a travessia do Sado.

Claro que nós sabemos que estas são operações que com o tempo vão melhorando a sua resposta, mas é muito bom saber que neste momento temos praticamente aquilo que que foi definido como resposta. Acho que é importante as áreas metropolitanas assumirem as responsabilidades de desenvolvimento do ponto de vista de transporte rodoviário. É muito bom sinal a maturidade que está a ser adquirida por parte da TML [Transportes Metropolitanos de Lisboa] na gestão deste projecto e nos impactos que vão ter. Isso também pode significar oportunidades para o futuro, nomeadamente para outras responsabilidades que possa vir a assumir relativamente ao transporte metropolitano.

Sobre as anunciadas pontes Seixal-Barreiro-Montijo, a resolução do Conselho de Ministros fala em pedonais.

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Eu fico sempre satisfeito com pontes pedonais, como imagina. É sempre muito importante a compatibilização destes projectos com o desenvolvimento da estratégia nacional de mobilidade pedonal e ciclável e, portanto, haver projectos dedicados a isso é muito importante.

Vários autarcas defendem que não se deve desperdiçar esta oportunidade para a rodoferrovia.

O projecto foi desenhado nestes termos. Dependerá agora da evolução ferroviária, depende muito da compatibilização com as soluções do Plano Ferroviário Nacional. Para já isto foi desenhado na perspectiva da promoção da mobilidade pedonal e no impacto que isso pode ter do ponto de vista, também, da produção daquele território e da compatibilização com o desenvolvimento do transporte, neste caso nomeadamente do Arco Ribeirinho Sul, seja ele rodoviário, seja ele em metro de superfície.

Qual é a importância da expansão do Metro Sul do Tejo na estratégia de mobilidade sustentável que defende?

São projectos de enorme importância, um deles nós já temos previsto nas verbas do PT2030, a expansão do Metro Sul do Tejo para a zona da Costa da Caparica e recentemente, em Conselho de Ministros, aprovámos a expansão do Arco Ribeirinho Sul. É fundamental para gerar competitividade no território, gerar desde logo a maior facilidade da mobilidade de trabalhadores, de uma forma que permita a utilização de transportes públicos e não apenas utilização do transporte individual.

Como se pode alterar o perfil de mobilidade da população?

Há um trabalho muito grande que o País tem de fazer, especialmente também nestes territórios, em que nós temos de mudar o perfil de mobilidade. Se nós formos ver o Censos ainda temos um perfil de mobilidade muito suportado no transporte individual. Só com transporte público é que vamos conseguir, obviamente, corresponder. Houve desenvolvimentos nos últimos tempos aqui na Península de Setúbal importantes, nomeadamente o desenvolvimento da Carris Metropolitana, mas acho que estes projectos têm a capacidade de acrescentar, na medida em que vão transportar muito mais passageiros.

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