2 Maio 2024, Quinta-feira
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Uma vida com o apoio dum amigo

Já lá vão uns setenta anos que encontrei a resposta para muitas perguntas que todo o ser humano devia fazer: Donde viemos, quem criou o nosso universo, o que é Deus, o que é a Igreja? Etc.

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Procurei, estudei, li, observei tudo o que se passava à minha volta. Em linguagem corrente dizer que encontrei as respostas às minhas dúvidas, quer dizer que me converti ao cristianismo transformando o meu afã de ajudar os outros – era (e sou ainda) médico – em mandatos de Deus.

É nessa caminhada que iniciei com calor que, a breve trecho, passei a ter por companhia um jovem sacerdote chamado Lobato. E com ele fizemos dezenas de retiros para casais onde manifestava tantas vezes opiniões um pouco desviadas da rígida ortodoxia eclesial. Andava no ar o catecismo holandês, a teologia da libertação nas Américas do Sul – enfim, ventos de mudança, aragens de ar fresco. Nunca fui repreendido pelo padre Lobato!

Depois de formada a “Comissão Justiça e Paz” que reunia um grupo de cristãos de vários pontos da diocese e todos ansiando por uma Igreja ativa, o que levou à elaboração de vários documentos que punham o dedo em feridas existentes na nossa Diocese, foi nosso assistente , e ativo participante nos nossos diálogos, o padre Lobato – muitos anos de convívio fraterno e teológico, entre os leigos e o seu assistente – mais umas dezenas de anos de  convívio com o padre Lobato, participante ativo das reuniões.

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É curioso que após o primeiro retiro para casais sem o padre Lobato nunca mais fui chamado para falar aos casais! E a comissão Justiça e Paz foi “desfeita” pelo nosso terceiro bispo.

Este esboço de descrição histórica tem por objetivo manifestar a grande amizade e admiração pelo padre Lobato que deixou a espinhosa missão de Administrador Diocesano com a posse do nosso quarto bispo. E pôr em relevo que neste período incompreensivelmente longo sem bispo, o padre Lobato governou a nossa Igreja, o que lhe exigiu um esforço tal que fisicamente perdeu quase metade do seu peso – tal foi o esforço, certamente os problemas e as contrariedades com que teve de “lutar” no desempenho deste importante cargo.

E neste momento – chegado que é o nosso novo bispo – não quero deixar de agradecer o que o padre Lobato foi nas várias funções em que trabalhámos juntos, foi um esteio para muitos dos cristãos ativos na nossa Diocese e desejar-lhe muita saúde e bem-estar, tudo envolvido numa imensa gratidão e amizade, tendo a certeza que o faço em nome de muitos cristãos que com ele conviveram no trabalho por uma Igreja renovada que o nosso novo bispo e os resultados da primeira parte do Sínodo convocado pelo Papa Francisco nos parece m demonstrar.

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A sua quota parte – amigo padre Lobato – na “Revolução da Ternura” que o nosso Papa pretende fazer – e está fazendo – não pode ficar (nem fica) esquecida!

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