27 Abril 2024, Sábado
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O exemplo deste jornal

Toda a gente sabe que a situação é má. Que a pandemia está a fazer muitos estragos. Mas há por aí imensos, que a grande maioria desconhece. E é esse o papel da comunicação social; divulgá-los. Só uma sociedade bem informada, pode e deve, ser ativa. Só assim, pode e deve, resolver os seus problemas.

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E é esse, o papel deste jornal. Divulgar os problemas, e não só, sobretudo, da região. Daí, com toda a propriedade, tratar-se de “O Seu diário da Região”. Entre muitos exemplos, foi o caso da muito elucidativa entrevista que publicou faz hoje oito dias, dada por Hélder Rosa, presidente da Associação das Coletividades do Concelho do Seixal (ACCS), ao jornalista José Augusto.

Segundo aquele dirigente associativo, a Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto (CPCCRD), informou que cerca de 30% dessas entidades podem não voltar a abrir, “caso não usufruam em tempo útil, sólidos apoios governamentais”, e 20 mil dos seus trabalhadores, poderão ir para o desemprego. No concelho do Seixal, onde existem 200 coletividades, entre funcionários e técnicos, mais de mil já estão desempregados.

“No primeiro período de confinamento, mantiveram-se em funcionamento, respeitaram as normas de segurança sanitária, e não se registou qualquer caso desagradável. Por exemplo: o futebol profissional é diferente do futebol amador?”.

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Para além desta observação critica, Hélder Rosa, continua a apontar o dedo acusador : “O Poder Central não presta atenção ao Movimento Associativo. Nunca a nossa Federação, que representa 33 mil coletividades, foi por ele recebida”.

Ao contrário: “No concelho do Seixal, temos felizmente o apoio das autarquias, sobretudo, da Câmara Municipal. Sem este apoio, as nossas coletividades não sobreviviam, sobretudo, no contexto que é o de hoje”.

Eis alguns extratos da referida entrevista. Portanto, ficaram assim os leitores de “O Setubalense”, a par de mais este devastador efeito da pandemia. Maior ainda, pela falta de apoio governamental adequado.

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A crise social agrava-se e só conhecendo-se as causas, se pode, com determinação e empenho, minimizá-la. Depois, vencendo-se a pandemia, resolvê-la. Os sintomas são bastantes e até a fome já atinge muita gente. Mas, há sintomas, pelo menos aparentemente, contraditórios.

Nunca repararam que para além dos supermercados, é tão comum filas à porta de papelarias? Para quê? Infelizmente, não para comprar “O Setubalense” ou qualquer outro jornal, mas para “comprar ilusões”. Raspadinhas, euromilhões, totoloto, totobola, lotaria. Falei com alguns proprietários destes estabelecimentos que me garantiram, ter esta clientela, sobretudo a das raspadinhas, aumentado com a pandemia. Aliás, não é novidade. Em tempo de crise, há gente que recorre a estas e outras boias de salvação virtuais. O resultado, é ainda a maior frustração de ficarem com menos uns euros na já tão depauperada carteira.

As soluções têm de ser reais, com é o contributo deste jornal, ao divulgar os problemas.

Francisco Ramalho
Professor, Corroios
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