Cinco das seis décadas de actividade da instituição foram acompanhadas pelo “Engenheiro de Coral Todi”
Luís Fernandes, presidente do Coral Luísa Todi, cumpre hoje 50 anos à frente da presidência da instituição onde é carinhosamente apelidado de “Engenheiro de Coral Todi” e “Senhor Coral Luísa Todi”. Quando assumiu o leme do grupo, pouco antes da revolução de 25 de Abril de 1974 o coral não tinha ainda sede própria, tendo os ensaios de se dividir por várias instituições, uma situação que Luís Fernandes conseguiu colmatar.
Pelo grupo, que completou o ano passado 60 anos de actividade, e durante a presidência do “Engenheiro do Coral” já passaram “centenas de cantores, músicos e quase uma dezena de maestros ao longo dos seus mandatos”, como descreve o comunicado enviado à redacção de O SETUBALENSE.
Com estes, onde se destacam grandes nomes de várias áreas artísticas, “foram produzidos, mais de 800 concertos, em Portugal Continental de norte a sul e ilhas, passando também diversas vezes por Espanha, Bélgica e França”.
Só em 1976 é que o coral teve uma sede própria, curiosamente, nas instalações “na rua do Setubalense, onde tinha sido a redacção deste jornal”. Antes disso, os ensaios tinham sido
repartidos entre a sede da câmara municipal setubalense e espaços de associações ou escolas do concelhos. Só em 1992 passaram para a nova sede – e actual –, localizada na
Rua Carlos Ferreira, um evento que mereceu a presença do Presidente da República à época, Mário Soares.
Desde então se têm multiplicado os ciclos musicais, as presenças em eventos de várias índoles e a colaboração com outros grupos nacionais e internacionais. Nos últimos anos a instituição sofreu “uma restruturação profunda contando com uma formação com 64 cantores”.
O dia de hoje marca uma homenagem às cinco décadas dedicadas por Luís Fernandes no exercício da presidência da emblemática instituição setubalense. “Nesta efeméride, não
se pretende terminar um ciclo, mas enaltecer o voluntarismo a dedicação de alguém que proporcionou e proporciona o palco a tantos artistas e a delícia das plateias que esgotam as nossas salas”.
