10 Maio 2024, Sexta-feira

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Urgências do Hospital de Setúbal são “caso especial”

Urgências do Hospital de Setúbal são “caso especial”

Urgências do Hospital de Setúbal são “caso especial”

Direcção Executiva do SNS marca reunião com bombeiros e INEM para tentar acabar com retenção das macas no hospital

 

O funcionamento do serviço de urgência no Hospital de São Bernardo, em Setúbal, nomeadamente, a retenção das macas dos bombeiros, vai ser tratado como um “caso especial”. A revelação foi feita pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) após uma reunião em que a Direcção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), recebeu a LBP e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Em comunicado, a Liga dos Bombeiros Portugueses informou que, nos próximos dias, o SNS, os hospitais locais, a LBP, acompanhada da Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal, e o INEM, vão reunir-se para “abordar a questão” e tratá-la como um “caso especial”, avaliando a situação com tendo “contornos que exigem uma abordagem própria”.

A Liga dos Bombeiros Portugueses explica, numa publicação feita nas redes sociais, que a prestação do socorro na região de Setúbal tem exigido um “grande esforço” aos bombeiros locais e a sua imobilização nos hospitais tem “obrigado à deslocação de bombeiros da área de Lisboa e concelhos vizinhos” para a região sadina.

A LBP chegou a aprovar a aplicação de taxas aos hospitais pela retenção das macas de ambulâncias nas urgências, mas suspendeu essa intenção após reunir com a Direcção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) e o INEM.

António Nunes, presidente da LBP, confirmou que suspendeu a intenção de pagamento pela retenção de macas dos bombeiros nos hospitais porque “houve um acordo entre os três”, a Direcção Executiva do SNS, o INEM e a LBP. “O que queremos é que o doente seja bem tratado e bem atendido”, referiu o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses na passada quinta-feira, 18 de Janeiro.

Retenção de macas cria preocupação

A retenção de macas das ambulâncias no serviço de urgência do Hospital de São Bernardo tem causado constrangimentos na prestação de socorro por parte das corporações de bombeiros na área de emergência pré-hospitalar. A elevada afluência de doentes às urgências junta-se a um tempo de espera muito acima do recomendado, acumulando-se ainda a falta de macas no hospital, algo que obriga a que muitos doentes fiquem nas macas dos bombeiros até serem atendidos.

Os próprios Bombeiros Voluntários de Setúbal estão com dificuldade de responder aos pedidos de socorro da população devido à retenção de ambulâncias no Hospital São Bernardo. O comandante da corporação, Nélio Condeço, em recentes declarações a O SETUBALENSE, confirmou que uma das suas ambulâncias ficou ‘presa’ “durante 24 horas no hospital e, [por volta do meio-dia] a viatura INEM estava já há seis horas à espera de sair para outros serviços”.

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