9 Maio 2024, Quinta-feira

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Setúbal apenas atrás de Lisboa no número de vagas para professores

Setúbal apenas atrás de Lisboa no número de vagas para professores

Setúbal apenas atrás de Lisboa no número de vagas para professores

Maior carência de profissionais na região é no Ensino Básico, na Educação Especial e em Matemática

 

A Península de Setúbal é o segundo local no País com mais vagas (2958) para acolher os professores dos actuais Quadros de Zona Pedagógica (QZP), ficando apenas atrás dos concelhos pertencentes à Grande Lisboa (5571). A maior carência existente na região é a de profissionais que leccionem para o 1.º Ciclo do Ensino Básico, Educação Especial 1 e Matemática.

Para todo o País foram fixadas 24.191 vagas. Na península setubalense existem 2958 vagas por preencher, sendo que existe a principal procura em professores para o Ensino Básico, com 691 vagas. No segundo lugar está a Educação Especial 1, que tem por preencher 285 lugares. A fechar o pódio está a disciplina de Matemática, que precisa de 227 profissionais da área da educação. A portaria com as vagas para cada novo QZP foi publicada nesta segunda-feira, 18 de Dezembro.

O Governo “redimensionou o âmbito geográfico” destas regiões, no âmbito da revisão do regime de concursos docentes, cujo número passou de dez para 63, mudança esta que foi apoiada pelos sindicatos.

Quando os professores entram no quadro começam por ficar afectos a uma região, os tais QZP, sendo que os profissionais podem ser colocados em qualquer das escolas dessa zona, algo que pode obrigar os professores a fazerem grandes distâncias diárias para poderem exercer a sua profissão, sendo que com os novos QZP não acontece com tanta regularidade.

Para melhor perceber esta situação, pode-se olhar para a Grande Lisboa e Vale do Tejo, que incluía os concelhos lisboetas e os pertencentes à Península de Setúbal, denominada QZP.07, algo que podia fazer com que um professor de Setúbal fosse dar aulas a Sintra. Com esta mudança nasceram duas QZP, a da Grande Lisboa (QZP.45) e a da península sadina (QZP.46).  Esta nova configuração faz com que a região setubalense passe agora a contar com nove regiões de colocação (Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal), levando a que os professores não tenham de se deslocar tanto.

Esta transição dos 10 QZP desenhados em 2013 para os 63 actuais será feita por concurso, sendo que ainda não existe uma data marcada para o mesmo. Esta deslocação vai abranger todos os docentes colocados em QZP, exceptuando os cerca de seis mil que entraram para o quadro em 2023 ao abrigo da chamada “vinculação dinâmica” e que no próximo ano serão obrigados a concorrer a todo o país.

Além dos QZP existem também os quadros de escola ou de agrupamento, que é o estádio seguinte na carreira, ficando os docentes afectos a um só estabelecimento escolar. O Governo prometeu abrir 20.000 vagas para estes quadros no próximo ano.

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