11 Maio 2024, Sábado

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AISET junta empresas da região para definir futuro industrial da Península

AISET junta empresas da região para definir futuro industrial da Península

AISET junta empresas da região para definir futuro industrial da Península

Conferência pretende analisar desafios do sector na economia internacional e quais os passos a dar a nível de financiamento

 

Unir as empresas com as autoridades públicas e com academia, para reflectir sobre o futuro, os passos a dar, os desígnios estratégicos e os modelos de desenvolvimento é o principal objectivo do 3.º Fórum Empresarial, que tem como ideia-chave definir o futuro industrial da Península de Setúbal. Quem o assegura é Nuno Maia, director-geral da AISET – Associação da Indústria da Península de Setúbal, que está a organizar este evento, que se realizará no Fórum Cultural de Alcochete e que incidirá em temas como ‘Os Desafios de Portugal na Economia Internacional’, a ‘Sustentabilidade e Descarbonização’ e o ‘Financiamento do Investimento na Indústria’.

Em declarações a O SETUBALENSE, Nuno Maia explica que nesta conferência, marcada para o próximo dia 10 de Outubro, vão estar vários oradores de referência. O primeiro a intervir é Augusto Mateus, um economista conhecedor da península, que já trabalhou para o concelho de Setúbal e ex-ministro da Economia, que irá fazer um quadro daquilo que são os grandes desafios de Portugal no contexto internacional.

Seguir-se-á uma intervenção do director-executivo da Ameno, Nuno Couceiro, que irá falar sobre os efeito do aumento da temperatura na produtividade.

Na 3.ª edição deste fórum vai-se estrear um debate, numa mesa-redonda, em que se vai abordar os mecanismos de financiamento existentes neste momento e que apoios e linhas de financiamento é que estão em aberto. Como é que até 2027 as empresas da região se preparam a nível de financiamento, o que é que existe, o que é que está no mercado e como é que as empresas se podem financiar, são estas algumas das questões que a AISET pretende esclarecer às empresas da região sadina.

Neste debate vão marcar presença o presidente da Comissão de Acompanhamento do PRR, Pedro Dominguinhos, o presidente do IAPMEI, Luís Guerreiro, a presidente da Agência para o Desenvolvimento e Coesão, Cláudia Joaquim e o presidente do Conselho de Administração do Banco de Fomento, Celeste Hagatong.

Após o período de almoço tomará a palavra a secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, com uma intervenção sobre as temáticas debatidas.

Outro dos nomes de peso neste fórum, já após a hora de almoço, é José Eduardo Martins, que vai abordar os grandes desafios da descarbonização e da sustentabilidade, uma vez que existe “uma grande mudança de paradigma, um conjunto novo de legislação directivas europeias, um conjunto de mecanismos jurídicos que vão fazer um autêntico tsunami legal e normativo”, sendo que “nem todas as empresas estão cientes do futuro”. Nuno Maia esclarece que estas empresas “não conhecem o contexto”, o que leva a AISET a levar a cabo esta “missão”, que passa por dar aos seus associados “uma perspectiva sobre aquilo que aí vem”.

No período da tarde apresenta-se um “trabalho importante”, com a criação de quatro mesas de trabalho, ou seja, grupos de trabalho com representantes das empresas em quatro temas: descarbonização e transição energética; transição digital; economia circular e capital humano.

Para Nuno Maia, estes temas são “determinantes do futuro que nos próximos 20/30 anos vão condicionar toda a industrialização da península”. “É com estes temas que, a partir de 2027, queremos que haja financiamento para a actividade industrial. Para aquilo que vier a ser a estratégia regional e o orçamento regional, queremos ter iniciativas nestas quatro áreas”. Nuno Maia esclarece que a AISET pretende juntar as empresas para fazer “um género de trabalho de casa” e “olhar e para descarbonização e transição energética”, discutindo o que é que as empresas precisam de fazer, quanto é que isso vai custar e que tipo de investimentos é que são necessários.

Estes quatro grupos de trabalho vão trabalhar durante duas horas nestes temas, sendo que depois Nuno Maia e Armindo Monteiro, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), apresentam no final um resumo das conclusões dos grupos de trabalho.

Na sessão de encerramento vai estar presente o ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva. Nuno Maia confessa que, através desta presença é pretendido também que o governante oiça as preocupações das empresas, de modo a sensibilizar António Costa e Silva para a importância dos desafios que este sector irá enfrentar.

Organização prepara empresas para chegada dos fundos europeus

Com o 3.º Fórum Empresarial, a AISET pretende mostrar às empresas os caminhos que se colocam, ou seja, “começar a definir o futuro industrial da Península de Setúbal”. Nuno Maia explica a O SETUBALENSE que este é o plano da AISET porque os fundos europeus, a partir de 2027, “têm que ter uma estratégia”. A organização pretende ‘guiar’ as empresas para não se chegar a um certo ponto em quem se pode aceder aos fundos provenientes da criação da NUTS, mas as empresas não saberem ao certo o que fazer com eles.

“Temos de perceber mais ou menos, com magnitude, do dinheiro que precisamos e para onde é que queremos aplicar, onde é que é necessário que as empresas se alterem, porque aquilo que as empresas vão ser a partir de 2030 e 2040 é completamente diferente daquilo que são hoje”. Nuno Maia assegura que as mudanças profundas na indústria têm de ser pensadas com tempo, explicando que é necessário fazer esta reflexão em conjunto com as empresas.

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