3 Maio 2024, Sexta-feira
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Manuel Fernandes a dois votos da unanimidade na UGT Setúbal

Central sindical cresceu 13% no distrito. Hospital do Seixal, aeroporto e trabalho digno em agenda para o novo mandato

Os órgãos que constituem a UGT Setúbal – Mesa do Congresso e do Conselho Geral, Secretariado e Conselho Fiscalizador de Contas – foram eleitos em lista única, no passado sábado para o quadriénio 2023-2027, por 55 dos 57 congressistas que votaram, registando-se dois votos em branco. Os resultados foram anunciados por António Neves, presidente do congresso, no encerramento dos trabalhos, que tiveram lugar no Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida, em Montijo.

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Manuel Fernandes foi reconduzido na presidência da direcção e – depois de realçar o “aumento de cerca de 13 por cento dos sindicatos filiados” na central sindical, num distrito tradicionalmente “difícil para UGT” – passou a receita para o novo mandato. A começar pela saúde que, considerou, “deixará de ser problema na região de Setúbal quando o Hospital do Seixal passar a ser uma realidade”. E o recado para a tutela veio de seguida: “A UGT Setúbal e o seu secretariado querem ver a abertura do concurso e adjudicação [da obra], tal como foi prometido pelo ministro da Saúde. É um dos dossiers que iremos acompanhar de muito perto”, disse, ao mesmo tempo que elogiou o Governo pelo arranque das obras de ampliação do Centro Hospitalar de Setúbal no São Bernardo.

O investimento no desenvolvimento da região merecerá também atenção especial. Os efeitos da criação da NUTS II Península de Setúbal, no que toca ao acesso a financiamentos europeus, só serão sentidos a partir de 2027 e, até lá, o Governo tem de fazer uma “discriminação positiva que deverá ser plasmada nos dossiers de outro tipo de fundos comunitários, nomeadamente através da agilidade do PRR”, observou o responsável, com a promessa de que a UGT Setúbal acompanhará “a par e passo” o processo.

Outros focos de acção

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O futuro aeroporto para a região, com o Montijo no centro das atenções, será “outro dos dossiers” em cima da mesa. “É impensável, é inqualificável, que a UGT Setúbal deixe passar em claro [o cenário de] este investimento sair para outra região. São 10 mil postos de trabalho directos, grande parte deles qualificados, que estão em causa. A UGT Setúbal não perdoará àqueles que se opõem ao projecto e que se dizem defensores dos trabalhadores”, disparou, numa crítica implícita ao posicionamento da CDU e de quem se opôs a “uma decisão que chegou a estar tomada”.

Em foco estará igualmente a Agenda de Trabalho Digno, que “contempla cerca de 70 medidas, todas elas em benefício dos trabalhadores”, indicou. A UGT Setúbal promete “incentivar o diálogo social e a negociação colectiva para que as soluções reflictam as realidades concretas de cada situação específica da economia na região”. E “irá monitorizar no terreno a aplicação de toda a legislação publicada para esse efeito”, assumiu.

“A actualização real do salário mínimo nacional, de forma fasea#da, deverá continuar a evoluir em cada ano com o objectivo de atingir os 900 euros em 2026”, frisou, tal como estabelecido no acordo rubricado entre a central sindical, o Governo e as confederações patronais no final do ano passado. E, adiantou, “o aumento do salário médio” será prioridade também.

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Lucinda Dâmaso, presidente da UGT, encerrou as intervenções. E realçou o histórico da central sindical. “A UGT foi sempre garante de todos os acordos de concertação social. A UGT é o principal e o grande pilar da democracia portuguesa”, concluiu.

A sessão contou com as presenças, entre outros, da vice-presidente da Câmara Municipal do Montijo, Clara Silva, Paulo Ribeiro, presidente da distrital de Setúbal do PSD, e Eurídice Pereira, a representar a Federação Distrital de Setúbal do PS.

A jornada no Montijo contemplou, à tarde, um seminário que debateu o futuro da concertação social.

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