Ao longo destas mil edições existiram capas que ficaram para a história. Aqui recordamos as principais notícias
A quinta série do jornal O SETUBALENSE se iniciou em 27 de Agosto de 2018. Desde então, foram mil as edições publicadas e inúmeros os temas que marcaram a actualidade. Foi com o intuito de celebrar a milésima edição que O SETUBALENSE escolheu algumas das primeiras páginas das edições dos últimos anos, com os temas apresentados a merecerem idêntico destaque nos órgãos de comunicação social a nível nacional.
2018
Professora assassinada por filha adoptiva e genro no Montijo
Onze dias se passavam desde o arranque da nova série do jornal O SETUBALENSE quando se noticiou a morte de Amélia Fialho. O caso da professora que foi morta às mãos da filha adoptiva, Diana Fialho, de 23 anos, e do genro, Iuri Mata, 27, no concelho do Montijo, correu o País nos últimos meses de 2018. O SETUBALENSE foi o primeiro a noticiar o desaparecimento de Amélia Fialho, no dia 5 de Setembro, bem como a contactar com a filha adoptiva que partilhou a notícia na sua página do Facebook e respondeu a algumas questões do jornal no que diz respeito aos dados sobre a mãe.
Foi no dia 7 de Setembro que o casal foi detido. De acordo com o que se apurou à época, Diana Fialho era herdeira única de Amélia Fialho e pretendia apropriar-se de tudo, tendo sido esta a principal motivação que levou a filha adoptiva, em conjunto com o seu marido, a planear a morte da mãe. As autoridades deram ainda conta da existência de uma queixa por agressões da filha à mãe efectuada em 2014.
Amélia Fialho foi morta à martelada na cabeça enquanto dormia. Drogada pelo casal com comprimidos que misturaram na sua bebida, o seu corpo foi largado em Pegões, onde depositaram o cadáver regando-o com combustível e incendiando-o. Diana Fialho cumpre, desde 2019, 24 anos de prisão pelo homicídio da própria mãe, em co-autoria com o marido, Iuri Mata. Actualmente, Diana está em Tires e sabe-se que casou novamente, desta vez, com uma reclusa.
2019
Passes Navegante estreiam-se na AML e trazem reforço nos transportes
No primeiro dia do mês de Abril de 2019 a Área Metropolitana de Lisboa (AML) recebeu os novos passes Navegante, uma medida que impôs os 40 euros como montante limite para que os cidadãos percorressem todos os caminhos entre os concelhos de Setúbal e Mafra. O SETUBALENSE esteve presente na viagem que o primeiro-ministro, António Costa, realizou entre os concelhos da margem norte e sul do Tejo no primeiro dia do funcionamento dos novos passes e noticiou-a a 3 de Abril. Na edição deu-se conta de que os novos tarifários dos passes sociais, além do esforço financeiro das autarquias, decorreram do Programa de Apoio à Redução de Tarifário dos Transportes Públicos que contava com 104 milhões de euros do Fundo Ambiental. Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa à época, apontou mais 70 mil passes vendidos em Março desse ano comparativamente ao mesmo mês de 2018, esperando que, na altura, se juntasse ainda a este novo sistema o aumento da rede de transportes públicos em 20%. Após o aparecimento do novo passe Navegante, o primeiro-ministro, António Costa, mencionou, neste seguimento, a aquisição de 14 novas composições para o Metro de Lisboa, mais 22 comboios da CP e dez novos navios para atravessar o Tejo.
“Bebé sem rosto” continua a desafiar as previsões da medicina
Rodrigo nasceu no início do mês de Outubro de 2019, sem nariz, olhos e parte do crânio. Conhecido como o “bebé sem rosto”, a criança, a quem davam apenas algumas horas de vida, tem desafiado as previsões da medicina, tendo já completado três anos de idade. O caso foi mediático e percorreu o País, deixando todos em choque. O obstetra que não detectou as malformações graves da criança, Artur de Carvalho, trabalhava no Centro Hospitalar de Setúbal e, à época, apresentava já quatro processos em curso no conselho disciplinar da Ordem dos Médicos. A 18 de Outubro, O SETUBALENSE noticiou o inquérito aberto ao caso pelo Ministério Público, após queixa apresentada pela mãe, dando conta ainda de uma nota enviada pelo Hospital de São Bernardo, onde se referiu que o acompanhamento da gravidez da utente “não foi efectuado no Centro Hospitalar de Setúbal (CHS)”, mas sim na Clínica Eco Sado. Na sequência do caso, Artur de Carvalho foi expulso da Ordem dos Médicos em 2021, acabando por se reformar. Nesse mesmo ano, o Ministério Público arquivou o processo do médico relativo a de negligência, considerando que não havia provas de que este tivesse praticado algum crime. Já no ano passado, o Tribunal de Setúbal recebeu o processo que os pais do bebé moveram contra o médico e a clínica, onde foram pedidos 300 mil euros de indeminização.
Dragagens do Sado geram controvérsia na Região, mas obra avança
Foi já no último mês do ano de 2019 que o tema das dragagens do Sado ‘estalou’ em todos os órgãos de comunicação. Após alguns meses de avanços e recuos no que respeita ao procedimento da obra, esta começou a 13 de Dezembro, tendo na base diversas manifestações contra a acção. O projecto de melhoria das acessibilidades marítimas ao Porto de Setúbal previa a retirada de 6,5 milhões de metros cúbicos de areia do estuário do Sado em duas fases, no qual a preocupação de governantes e cidadãos passou pela protecção dos roazes-corvineiros no Rio Sado, bem como das actividades tradicionais que ali eram praticadas. Aquando do início da obra, O SETUBALENSE noticiou aquelas que foram as recomendações do parlamento para que a acção fosse suspensa, dando conta, inclusive, das declarações de André Silva, deputado e líder do PAN à época. “A defesa do Sado deve ser a nossa única preocupação, porque ele representa um ecossistema único, que ficará afectado, sem que se conheçam as reais dimensões destes impactos”, disse na edição de 23 de Dezembro de 2019. No entanto, as dragagens avançaram e, no ano seguinte, já estavam praticamente feitas. Por essa altura, João Matos Fernandes, ex-ministro do Ambiente e da Acção Climática garantiu que todas as preocupações anteriormente mencionadas foram tidas em conta e respeitadas.
2020
O SETUBALENSE de cara lavada com diário a apresentar novo grafismo
O ano de 2020 foi marcado pelo início da pandemia em Portugal. Apesar de ter sido aí o começo de um período complexo de se ultrapassar, 2020 foi igualmente o ano em que O SETUBALENSE apresentou uma nova imagem, com um grafismo totalmente renovado, que inclui um novo logotipo e uma nova revista, concebidos por Sónia Matos, directora criativa do jornal Público, através dos quais se consolidou a afirmação do jornal como diário e regional, que aconteceu no ano de 2018. “No ano em que o jornal completa 165 anos de existência, queremos dar um salto de qualidade que seja de grande visibilidade, para os leitores em particular, mas também para toda a comunidade, e afirmar definitivamente o título como um dos maiores no País entre a imprensa regional”, disse Francisco Alves Rito, o director do diário O SETUBALENSE, aquando da publicação do primeiro exemplar com o novo grafismo. A mudança de imagem da marca d’O SETUBALENSE incluiu ainda todo o digital, com o reforço da equipa dedicada à componente com o objectivo de produzir conteúdos direccionados para estes meios, bem como obter uma gestão mais criteriosa das potencialidades de cada uma das redes. “Pretendemos aproveitar ao máximo as novas potencialidades das redes sociais, dirigindo os conteúdos aos diversos públicos, para aumentar a nossa ligação aos segmentos próprios de cada uma”, afirmou, em 2020, Francisco Alves Rito. Desta forma, O SETUBALENSE ficou, em ano de pandemia, como um símbolo de “um jornal que não só resistiu como também cresceu”.
Setúbal confirma primeiro caso de covid-19 em início de estado de emergência
Portugal parou a 19 de Março de 2020 aquando da chegada do novo coronavírus ao País. Foi no dia em que o primeiro-ministro lançou “ordem para ficar em casa” que Setúbal confirmou o seu primeiro caso de covid-19 curado e com alta. De acordo com o que O SETUBALENSE noticiou no dia seguinte, a 20 de Março, o paciente de 76 anos foi também identificado como o primeiro infectado com o vírus da covid-19 duas semanas antes. A fazer três anos desde que a capa saiu nas bancas, a edição contou com o apontamento das necessidades que se faziam sentir nos diversos hospitais da região no combate à pandemia da covid-19, que marcava ainda o seu início. Ao que O SETUBALENSE apurou, a carência era “transversal” e acompanhava “muitas queixas de médicos”, não só na falta de máscaras, mas também de “luvas, fatos especiais, desinfectante e salas de isolamento”. Na edição, Zita Gameiro, presidente do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, afirmava que já existiam vários médicos no distrito que estariam infectados, o que originava “focos de cadeias de transmissão dentro dos hospitais”. Além das necessidades apontadas, a União de Sindicatos de Setúbal denunciava também o despedimento de mais de 500 trabalhadores de diversas empresas da região, que, na altura, foi classificado como “abuso patronal” e um “aproveitamento da pandemia covid-19”.
“Enorme” perde na secretaria e é relegado para a terceira divisão
“O dia mais triste do Vitória FC”. Foi assim descrito o momento em que o Vitória Futebol Clube viu rejeitada a providência cautelar pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), a qual serviria para suspender a decisão de desclassificação do clube da primeira liga. Quando na última jornada da época 2019/2020 os vitorianos festejaram a manutenção na primeira liga, nada faria prever que, dias depois a “angústia e medo” dessem lugar à alegria que se tinha sentido. A Liga Portugal não aceitou a inscrição do clube sadino por incumprimento de regras e castigou-o com a descida de duas divisões. De acordo com aquilo que foi dito em comunicado escrito pela liga, o clube não conseguiu apresentar qualquer prova de “inexistência de dívidas a sociedades desportivas”, a “inexistência de dívidas a jogadores, treinadores e funcionários”, bem como “a regularidade da situação contributiva perante a Autoridade Tributária”. Por estes motivos, o Vitória Futebol Clube foi excluído da primeira divisão. Com o TAD a dar razão à liga, o clube foi então obrigado a descer de divisão por não cumprir os requisitos para se manter nos campeonatos profissionais por motivos financeiros. Foi a 28 de Agosto de 2020 que O SETUBALENSE noticiou o sucedido, com o testemunho de Fernando Pedrosa, presidente do Vitória em vários mandatos, a expressar a sua tristeza. “Fiquei apavorado com o que aconteceu ao Vitória. Não tenho acompanhado muito o assunto, tenho-o feito pelos jornais. Estou profundamente desolado. Estou no Vitória há 80 anos e dói muito ver o clube nesta situação. Deixa-me sem palavras”, disse o dirigente, que faleceu no passado ano.
2021
Partido Socialista venceu na região em noite de eleições autárquicas
Foi a 26 de Setembro de 2021, em noite de eleições autárquicas, que o Partido Socialista voltou a reforçar a votação na região, roubando a Câmara do município da Moita à Coligação Democrática Unitária (CDU). O SETUBALENSE noticiou a 27 de Setembro de 2021, que além de ter segurado as cinco câmaras municipais que já possuía, os socialistas conquistaram ainda a da Moita, que era um “bastião comunista” desde 1976, e reforçaram a votação em outras três autarquias que já detinham. Já a CDU conseguiu assegurar os municípios de Setúbal, Seixal, Palmela e Sesimbra, além das três câmaras que já detinha no Litoral Alentejano, em Alcácer do Sal, Grândola e Santiago do Cacém. O resultado permitiu assim manter a maioria na Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS). André Martins foi o presidente eleito pela CDU na Câmara Municipal sadina, com maioria relativa, segurando assim a força política no poder para um quarto mandato consecutivo. Também o Chega se estreou na eleição de vereadores no distrito de Setúbal em dois concelhos. O partido conseguiu eleger um vereador no Seixal e outro em Sesimbra, onde, neste último, alcançou o lugar do terceiro partido mais votado, mesmo à frente do PSD que, historicamente, tinha até então tido sempre um eleito no município.
Comenda vedada após cinco décadas de uso público
Recém-chegado à presidência da autarquia de Setúbal, André Martins iniciou o mandato com o embargamento da obra de vedação do Parque de Merendas da Comenda. De acordo com o noticiado por O SETUBALENSE, a 29 de Setembro de 2021, em causa estava o fecho do local que foi uso público durante mais de cinco décadas com o intuito de se edificar um Centro Interpretativo com espólio arqueológico. Por esta altura já haviam sido colocados pela sociedade de investimentos imobiliários Seven Properties, os donos do histórico espaço, portões nas principais entradas e “demolidos vários dos materiais construídos pela edilidade, como por exemplo dois dos fogareiros”. Mais recentemente, já em 2023, a Câmara retirou a vedação e o Parque de Merendas da Comenda voltou ao domínio público, com André Martins a garantir a O SETUBALENSE que as mesas, fogareiros e parque infantil seriam “repostos nos próximos tempos”. Com a mobilização de 60 trabalhadores e maquinaria para derrubar, cortar e retirar as vedações, pilaretes e portões, a edilidade sadina cumpriu com o prometido e desmantelou todo o equipamento que estava no terreno. “É o que me compete fazer e o que eu assumi, ao candidatar-me e ao ser eleito, foi servir a população. É isto que estamos aqui a fazer hoje, naturalmente com contratempos, mas com o objectivo de defender os interesses e o bem-estar dos cidadãos”, disse o presidente da Câmara, aquando da remoção das vedações do parque das merendas.
2022
Casal russo envolvido na recepção de refugiados ucranianos para Setúbal em entrevista exclusiva
A ‘bomba’ informativa chegou no dia 28 de Abril de 2022, aquando da publicação, pelo jornal Expresso, da longa peça que dava conta da recepção do município sadino a refugiados ucranianos por dois cidadãos russos, alegadamente com ligações ao Kremlin. De acordo com o semanário, os ucranianos foram recebidos na Câmara de Setúbal por russos simpatizantes do regime de Vladimir Putin, os quais fotocopiaram documentos dos refugiados da guerra, que se iniciou a 24 de Fevereiro do ano passado. Segundo o jornal, pelo menos 160 refugiados ucranianos terão sido recebidos pelo russo Igor Khashin, membro da Associação dos Emigrantes de Leste (Edintsvo) e antigo presidente da Casa da Rússia e do Conselho de Coordenação dos Compatriotas Russos, e pela mulher, Julia Kashina, funcionária do município sadino. A O SETUBALENSE, o casal deu uma entrevista exclusiva, publicada a 13 de Maio, onde se demonstrou “chocado” e “injustiçado” com o “trabalho de 20 anos destruído num só dia”. Na entrevista, Igor Khashin garantiu que não era um “espião russo” e que nunca transmitiu quaisquer dados à embaixada ou a outra entidade russa. “Achei que só participando no acolhimento [aos refugiados russos] é que mostrava a minha vontade de apoiar as pessoas. Acho que isso é normal. Tenho experiência para trabalhar numa área de imigração e fazer atendimento”, disse, à época, Igor Khashin para justificar o envolvimento do casal na recepção aos refugiados.
Carris Metropolitana chegou a meio do ano mas problemas persistiam em Dezembro
O Dia Internacional da Criança do passado ano marcou o início de uma nova era no transporte rodoviário da região. A chegada da Carris Metropolitana veio encher as ruas com o “colorido dos vistosos autocarros amarelos” e com o “cheiro a novo” que ainda se fazia sentir. O dia foi também de satisfação para a cidade sadina com a nova Interface de Transportes de Setúbal a entrar, finalmente, em funcionamento. O SETUBALENSE esteve na cerimónia de estreia da Carris Metropolitana, a 1 de Junho de 2022, que contou com a presença de entidades de âmbito local e nacional, incluindo a vice-presidente do município de Setúbal, Carla Guerreiro, o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, a presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, Carla Tavares, Faustino Gomes, presidente da Transportes Metropolitanos de Lisboa, e o primeiro-secretário metropolitano, Carlos Humberto de Carvalho. Na cerimónia, Carla Guerreiro, vice-presidente do município de Setúbal, mostrou-se satisfeita com o início de “uma nova era” que surgiu como “resultado de uma firme vontade política, financeira e técnica das câmaras municipais da Área Metropolitana”. Apesar da alegria, os municípios de Palmela, Alcochete e Moita apontaram, na inauguração do serviço, diversas “incorrecções” referentes à nova operação de transporte público naqueles concelhos. Até ao final do ano passado, O SETUBALENSE noticiou falhas no novo serviço da Carris Metropolitana apontadas pelos utentes do transporte rodoviário, nomeadamente no que dizia respeito ao não cumprimento de horários.
Jéssica foi enterrada após velório ‘caótico’ com insultos à mãe
Jéssica, a menina de três anos morta em Setúbal, foi enterrada no cemitério de Algeruz, a 24 de Junho de 2022, após um velório “caótico”, marcado pela presença da polícia e por insultos à própria mãe, Inês Tomás, proferidos pela avó paterna. À época em que O SETUBALENSE noticiou o funeral da criança, sabia-se que na causa da morte de Jéssica estaria uma dívida que a sua mãe tinha com a ama, Tita, como é conhecida, proveniente de um feitiço de amarração para não perder Paulo Amâncio, o novo companheiro, e padrasto da criança, com quem vivia em Setúbal. Por esta altura, os inspectores da Polícia Judiciária detiveram a ama, em Leiria, quando preparava a fuga das autoridades, assim como a sua filha, Esmeralda, e o companheiro desta, Justo. Os três foram presentes a Tribunal para aplicação de medidas de coacção por crimes de homicídio qualificado, rapto, extorsão e ofensas à integridade física. Hoje sabe-se que a semana entre 14 e 20 de Junho, em que Jéssica esteve em cativeiro na casa da ama antes de morrer, não foi a primeira. No espaço de um mês, a menina tinha sido entregue pela mãe sem resistência e numa delas foi barbaramente agredida. Inês está agora acusada de homicídio qualificado por omissão, por nada fazer para travar os homicidas como era seu dever. Tal como O SETUBALENSE noticiou, a 23 de Dezembro de 2022, o julgamento vai decorrer no Tribunal de Setúbal e o Ministério Público requereu que fosse perante tribunal de júri, devido à complexidade do caso. Cristina, Justo, Esmeralda e Inês estão acusados de homicídio qualificado. A família responde ainda por rapto, coacção e ofensas à integridade física qualificada. Estão ainda acusados com Eduardo, o irmão, de tráfico de droga e violação.
Palmela pintada de negro com vento a ser o pior inimigo dos bombeiros
O relógio marcava as 12h04 do dia 13 de Julho de 2022 quando deflagrou o incêndio que deixou o município de Palmela pintado de negro. O fogo, que terá começado na Estrada da Cobra, em terra batida, alastrou de tal forma que acabou por atingir diversas casas. Com o vento a ser o pior inimigo dos bombeiros, chegaram a ser várias as frentes de fogo activas: à volta da vila de Palmela, nas serras do Louro e de São Luís e em direcção a Aires e à Quinta do Anjo. Na altura, ao que O SETUBALENSE noticiou no dia seguinte, foram cinco os bombeiros feridos com gravidade e um idoso de 83 anos, com queimaduras nos membros inferiores e superiores depois de tentar ajudar a apagar o fogo, que deu entrada no Hospital São Bernardo. No local do incêndio, foram ainda assistidos outros quatro bombeiros com ferimentos ligeiros, dois dos quais por inalação de fumos. Também um veículo tanque dos Bombeiros Voluntários do Montijo ficou danificado. O incêndio, que chegou a ser sobrevoado por sete meios aéreos em simultâneo em auxílio das mais de quatro centenas de operacionais que estavam no terreno, obrigou ao corte das principais estradas de acesso à vila, incluindo a Estrada Nacional 379 e 252, em vários troços. No local, além de várias empresas da região, que se prontificaram a ajudar com meios próprios, estiveram igualmente populares, diversas associações e o IRA, com o objectivo de evacuarem todo o tipo de animais. A 21 de Setembro, O SETUBALENSE deu ainda conta de que 69% dos 415 hectares consumidos pelo incêndio correspondeu a área do Parque Natural da Arrábida e que mais de 158 mil euros foi o valor apurado em despesas directas na sequência da devastação provocada pelas chamas.