5 Maio 2024, Domingo
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Montijo passa de dois aeroportos para possível opção com Costa a meter Pedro Nuno Santos na ordem

Primeiro-ministro revogou despacho do ministro das Infra-estruturas. Mas optou por não fazer rolar a cabeça do governante

 

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Em menos de 24 horas caiu a decisão de construção de um aeroporto complementar a Lisboa na Base Aérea n.º 6, até 2026, e de uma outra infra-estrutura aeroportuária definitiva no Campo de Tiro de Alcochete (em terrenos localizados em Montijo e Benavente), para 2035, tendo em vista o fecho do aeroporto Humberto Delgado. O despacho do ministro das Infra-estruturas, Pedro Nuno Santos, foi ontem revogado por António Costa, com o primeiro-ministro a revelar que todas as opções de localização continuam em cima da mesa e até eventualmente mais uma, que possa vir a ser apresentada por Luís Montenegro, já como líder do PSD (toma posse neste fim-de-semana).

Costa desautorizou Pedro Nuno Santos e manteve a intenção de alcançar o maior consenso possível – sem deixar o Presidente da República de fora – em torno da escolha de uma solução, mas optou por segurar o ministro das Infra-estruturas (com quem tem registado diferendos no interior do PS).

“Tenho a certeza de que o senhor ministro das Infra-estruturas não agiu de má-fé. Compreendeu bem o erro que cometeu. Teve humildade de o assumir publicamente. Teve a humildade de corrigir o erro que tinha cometido”, disse ontem António Costa, para adiantar de seguida: “Acho que a confiança [em Pedro Nuno Santos] está totalmente restabelecida. E espero que não aconteça mais nenhum erro”, atirou. O chefe do executivo considerou que Pedro Nuno Santos cometeu “um erro grave” e que a situação foi por si “prontamente corrigida”.

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“A orientação do Governo está restabelecida. O despacho está revogado”, resumiu o primeiro-ministro, que vincou ainda não ser defensor de Alcochete, Montijo, Sintra ou outra qualquer solução mas sim defensor de Portugal. E reforçou: “O senhor ministro [Pedro Nuno Santos] disse publicamente que está de acordo com a orientação definida por mim para o Governo. A orientação é a de que temos de trabalhar para encontrar um consenso nacional, designadamente com os partidos da oposição e, em particular, com o PSD, para termos uma decisão sólida dos pontos de vista político, ambiental, económico e técnico”.

Anedota e Campo de Tiro por um canudo

No Montijo, o socialista Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal, que na véspera tinha estado reunido com Pedro Nuno Santos, remeteu para mais tarde declarações sobre a situação. Já o seu opositor João Afonso, vereador eleito pelo PSD, não poupou críticas aos socialistas.

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“O PS não tem respeito pelas instituições, trata o País como se fosse coisa sua, sem responsabilidade e a consequência do que aconteceu é o aumento especulativo do preço das casas, dos terrenos, com impacto na vida das pessoas, face ao aumento das rendas e do custo da habitação”, disse o social-democrata, que considerou que os socialistas “brincam aos governos e às decisões”. “O PS transformou o aeroporto do Montijo e este País numa anedota. O ministro devia ter saído. Mas, como não acredito em moral no PS, provavelmente ele ainda virá é a ser secretário-geral do PS”, disparou.

Também com representação na vereação, o PCP local prometeu declarações para hoje, já que tinha prevista uma reunião concelhia para o final de ontem. Ainda assim, fonte da estrutura local do partido adiantou que a posição vai ao encontro daquilo que foi já assumido pelo PCP a nível nacional. “Há uma grande descoordenação, que revela a fragilização do Governo.”

Fernando Caria, presidente da Junta da União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro, preferiu não comentar o “erro” do ministro, mas confessou não acreditar num aeroporto no Campo de Tiro. “Cheguei ontem [quarta-feira] de Bruxelas. Pouco pude me inteirar. Um aeroporto no Montijo e outro em Canha [no Campo de Tiro de Alcochete] é algo importante para a nossa região. Mas no meu ponto de vista o Campo de Tiro de Alcochete vai ser uma solução eternamente adiada”, concluiu.

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