José Maria de Freitas Pereira era o seu nome de baptismo, mas no futebol ficou conhecido no por Pedras. A antiga glória do Vitória faleceu anteontem em Lisboa aos 75 anos de idade.

O médio chegou ao emblema do Sado em 1966 oriundo do Benfica e incluído num negócio que tinha também Arcanjo e Guerreiro, trio que viajou do Estádio da Luz para o Bonfim, na transferência que levou o Magriço Jaime Graça para as águias.
Nas duas épocas em que vestiu a camisola vitoriana, o médio ajudou o clube a terminar o campeonato de 1966/67 e 1967/68 na 5.ª posição. O nome de Pedras ficou também para a história em Setúbal por ter participado em duas finais da Taça de Portugal. Na primeira, a que ficou para a história como a mais longa por durar 144 minutos, os sadinos venceram a Académica (3-2), após dois prolongamentos. Em 1968, o jogador voltou a ser titular e até marcou um golo na final com o FC Porto, não evitando a derrota sadina (2-1) no Jamor.
Natural de Guimarães, Pedras começou aos 18 anos por representar o Vitória da sua terra natal, acabando depois por rumar ao Benfica, tendo aí permanecido quatro épocas antes da transferência para Setúbal. A qualidade evidenciada no Bonfim captou a atenção do Sporting, emblema onde alinhou entre 1968/69 e 1970/71. No escalão principal, Pedras vestiu ainda a camisola do Atlético nas duas temporadas seguintes.
Além da conquista da Taça de Portugal ao serviço do emblema sadino, Pedras, médio que chegou a ser internacional A por Portugal, tem no currículo a conquista de quatro campeonatos (três pelo Benfica e um pelo Sporting) e outras duas Taças de Portugal.
O funeral de Pedras realiza-se hoje pelas 10h00 no cemitério da Amora, Seixal. À família enlutada, o Diário da Região apresenta as sentidas condolências.