São necessários novos corpos gerentes para alavancar um grupo que está em risco de fechar portas

A Associação de Pára-quedistas de Setúbal está a passar por uma das situações mais difíceis desde a sua criação. Os membros que estão agora à frente da direcção querem apelar à participação dos associados e motivá-los a criar uma nova lista para que se façam eleições nesta que é uma associação com quase 40 anos.

“Pretendemos alertar os pára-quedistas de Setúbal que a situação da associação está em baixo porque não há pessoal sufi ciente para a manter a funcionar”. O aviso é de Luís Gonçalves, de 81 anos, que além de tesoureiro, é o sócio número 28 – e faz parte já há 35 anos.

A acompanhar a posição estão também Manuel Galveias, 82 anos, secretário e sócio número 9, e, Hélder Cândido, 84 anos, que ocupa o cargo de vogal a par de ser o associado número 18. Estes dois fazem parte do grupo desde que este foi fundado: há 37 anos.

Os três indivíduos estão ao lado da “tenente enfermeira” Maria Arminda Santos, que é neste momento presidente dos Pára-quedistas de Setúbal. A data das últimas eleições remonta à época “antes do covid” – sendo que estas se realizavam de dois em dois anos – e, passados mais de quatro anos, espera-se vontade de outros associados para dar rumo à associação. “Pretendemos que apareçam alguns paraquedistas para formar novos corpos gerentes com o objectivo de pôr a associação a funcionar em pleno”, apelam.

Ao lado de Maria Arminda Santos, Luís Gonçalves, Manuel Galveias e Hélder Cândido, todos estes parte da direcção, estavam outros camaradas que acabaram por deixar de estar tão presentes por “motivos de doença ou motivos profissionais”. “Precisamos de renovar os corpos gerentes”, explica o secretário em declarações a O SETUBALENSE.

Em causa pode estar mesmo a continuidade da associação. A decadência não é recente e obrigou até que, a 3 de Agosto de 2014, a associação tivesse de fechar portas para o público que estivesse interessado em visitar o número 13 da Rua dos Moinhos, na Bela Vista.

“Não temos ainda [eleições marcadas] porque só as marcamos quando tivermos candidatos sufi cientes para integrar as listas. São, pelo menos, 11 indivíduos que fazem falta. Os [quatro] que estão com mais uns seis ou sete que apareçam, já podemos formar lista, e conseguir pôr aquilo em dia”, expressam os associados que têm vontade de continuar a manter as rédeas do grupo.

Se não existirem manifestações “a presidente tem de marcar uma assembleia-geral com os sócios e eles é que têm de decidir”. “Nós não queríamos que acabasse, efectivamente, temos um espólio de muito valor”.

A Associação de Pára-quedistas de Setúbal foi fundada há 37 anos e conta com mais de uma centena de membros associados.

Luís Gonçalves escreveu, em 2023, um poema em nome da associação e para a associação com o intuito de mostrar a realidade que se passam dentro dos órgãos dirigentes. Desde esse momento que têm a intenção de lançar um apelo mas só agora foi possível