12 Junho 2024, Quarta-feira

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“A Inteligência Artificial não está a caminho, já anda entre nós”

“A Inteligência Artificial não está a caminho, já anda entre nós”

“A Inteligência Artificial não está a caminho, já anda entre nós”

Conferência Digital Skills 4 All encheu o Cinema Charlot para falar de tecnologia aplicada a Emprego, Economia e Educação

“A Inteligência Artificial (IA) não está a caminho de nada, já anda entre nós mesmo que disfarçada, ou que andemos distraídos e não a vimos”. Esta é a conclusão de António Canhão, vice-presidente da conferência Digital Skills 4 All, promovida pela Associação Portuguesa para a Inovação e Empreendedorismo Social e Digital (AI9.PT).

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Durante todo o dia não se falou de outra coisa, no Auditório Municipal – Cinema Charlot, que não competências digitais, a presença da Inteligência Artificial, e a tecnologia aplicada ao Emprego, à Economia ou na Educação.

Para o vice-presidente da direcção os números são claros: há um aumento ao nível da população que já tem algumas bases em competências digitais.

“Segundo as estatísticas de um inquérito que foi realizado, estaremos com 89% da população já com competências básicas no uso diário [da tecnologia], nos 31% da população que de alguma maneira já mobiliza uma produção de materiais através do digital, e, nas competências mais avançadas, estaremos em valores ainda muito comprometedores, com 4,5% da população com competências avançadas, que são já no ambiente laboral e profissional, de uso mais aprofundado no dia-a-dia”.

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Noutra perspectiva, que também muito se falou ao longo de todo o dia, são os dados que mostram que ainda são poucas as mulheres que procuram por estas áreas.

“Com um reforço de que duas em cada 10 pessoas serão do género feminino, destes 4,5% [com competências avançadas] e que só 16% do género feminino tem optado pelas formações de engenharia ou que tenham a ver com o digital, contrariamente aos 80%”.

Estado e autarquia unem esforços em prol da Educação

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A sessão de abertura da conferência serviu para, entre outras temáticas, perceber o que está a Administração Central e a Câmara Municipal de Setúbal a fazer para que, ao nível da Educação, estejam a ser feitas apostas nas competências digitais.

O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e o Governo têm unido forças para, neste sentido, intervirem nas temáticas da Educação e da capacitação digital. “Com fundos do PRR estão a ser e vão ser instalados 1300 laboratórios de educação digital. Encontra-se também em curso um programa de capacitação digital docente e que conta já com 70% dos professores do ensino público de Portugal Continental, com capacitação digital concretizada. Estamos a falar na concretização, com sucesso, de mais de 109 mil acções de capacitação digital”, explica Carla Lourenço, coordenadora da Equipa de Recursos e Tecnologias Educativas (ERTE) da Direcção-Geral de Educação, em representação do secretário de Estado da Educação, António Homem Cristo.

Em nome do ministério a coordenadora disse que se tem vindo a investir “na capacitação digital das escolas, apoiando as ao nível do seu desenvolvimento digital e na prossecução de uma visão digital estratégica”.

Neste sentido, e com foco na região, Carla Lourenço considerou que as escolas de Setúbal têm vindo a “demonstrar práticas de referência”.

Falando em escolas do concelho também Carla Guerreiro, vice-presidente da Câmara Municipal de Setúbal, explicou os organismos onde a autarquia setubalense se insere, mencionando que esta é uma “cidade de aprendizagem”.

“Ao incorporar o conceito de cidade de aprendizagem na gestão municipal, entendemos que estamos a contribuir para a melhoria da qualidade de vida para a auto-estima e para a realização pessoal. Tal reflecte-se no desenvolvimento do nosso concelho, no aumento da participação na inclusão e na sustentabilidade. Temos como objectivo assumido contribuir para o desenvolvimento de competências digitais que se mostrem de relevante importância”.

Recorrendo ao exemplo do que foi o ‘estigma’ da revolução industrial Tiago Oliveira, presidente da AI9.PT, reforça que tal como neste período histórico, vão chegar muitos desafios que terão de ser encarados de frente. “Destacamos a importância e os desafios das competências digitais aos dias de hoje, especialmente no contexto da revolução industrial – que agora é artificial. Esta revolução traz consigo novas oportunidades, mas também exige que estejamos preparados para enfrentar desafios complexos”.

Ao agradecer a confiança de todos os presentes, que encheram a sala ao longo de todo o dia, disse que “é uma honra, como filho de Setúbal, ter uma casa cheia”. O presidente deixou um desejo, para o qual espera que a conferência possa ter contribuído. “Juntos, podemos transformar a educação e a sociedade através da inovação digital para todos e todas”.

“Em vésperas de comemorarmos o nosso quinto aniversário, a vossa participação e esforço são fundamentais para o sucesso desta conferência, mas também para a vida e sucesso da AI9.PT”, expressou.

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