Concentração no Centro de Aprovisionamento de Transportes (CAT) de Águas de Moura decorre esta quinta-feira
Cerca de 40 sindicalistas e trabalhadores do Centro de Aprovisionamento de Transportes (CAT) de Águas de Moura, em Palmela, concentraram-se esta quinta-feira junto à empresa em protesto contra o alegado “assédio moral” da administração a um trabalhador e dirigente sindical.
“Estamos aqui para exigir que a empresa resolva o problema de um trabalhador, um motorista de transportes internacionais, que está há sete meses sem qualquer tarefa atribuída, porque a empresa considera que a actividade sindical é incompatível com a actividade profissional”, disse à agência Lusa Manuel Castelão, do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP).
De acordo com o sindicalista, durante a acção de protesto, que teve início às 10:00 e decorreu até às 12:30, foi bloqueada a entrada na empresa de cerca de duas dezenas de camiões de transporte de viaturas, mas não houve perturbações do trânsito, nem incidentes.
“Durante o protesto fizemos a entrega de um documento ao responsável da empresa, abordámos a questão, pedimos bom senso para que a situação seja resolvida rapidamente”, disse Manuel Castelão no final do protesto junto às instalações da CAT em Águas de Moura, no concelho de Palmela, distrito de Setúbal.
“A empresa até reconhece que o trabalhador em causa é um bom motorista e com muitos anos de experiência, mas não aceita que ele beneficie do crédito tempo que a lei prevê para a actividade sindical, alegando que depois não consegue organizar o trabalho”, acrescentou o sindicalista.
Manuel Castelão lembrou, no entanto, que há outros elementos da direcção do sindicato que são motoristas, sem que as empresas onde trabalham levantem este tipo de problemas.
“Se a situação não for rapidamente ultrapassada, vamos apresentar uma queixa contra a empresa e contra o administrador. Mas, o nosso objectivo é resolver a situação e não radicalizar posições”, reiterou o sindicalista do STRUP.
A agência Lusa tentou ouvir a empresa, mas não foi possível em tempo oportuno.