Centenas de pessoas foram apanhadas de surpresa, temendo agora perder o dinheiro já investido
A Escola de Condução Siiimple, instalada na Avenida Dom Manuel I, em Setúbal, tomou a decisão de fechar portas sem avisar previamente os seus alunos. Centenas de pessoas, que esperavam regressar presencialmente ao espaço a 19 de Abril, dia previsto reabrir, de acordo com o plano de desconfinamento do País, temem agora perder o dinheiro já investido.
Rui Gamito foi um dos cidadãos afectados, uma vez que o seu filho se encontrava a tirar a carta de condução na referida escola. “Meteram um papel à porta a dizer que abriam afinal no dia 26 de Abril e até hoje ainda não disseram nada”, explicou a O SETUBALENSE.
Segundo tomou conhecimento, “na noite de 18 [de Abril] para 19 foram lá buscar os carros à escola”. Via telefónica diz não ter também conseguido obter qualquer resposta, uma vez que “o número se encontra indisponível há muitos dias”.
Nas redes sociais, são já diversas as mensagens de revolta publicadas, assim como no Portal das Queixas, onde é exigida a devolução do montante pago. Fonte do Comando Distrital de Setúbal da Polícia de Segurança Pública (PSP) confirmou inclusive, a O SETUBALENSE, que são já muitas as queixas apresentadas. Contudo, até ao fecho desta edição, O SETUBALENSE não obteve resposta ao e-mail enviado para a força policial, no qual questionou qual o número de queixas apresentadas e qual deverá ser o próximo passo a dar pelos munícipes lesados.
Na Moita, por sua vez, concelho onde também existia uma Escola de Condução Siiimple, o estabelecimento “mudou de gerência”, revelou Rui Gamito, que se deslocou até à cidade moitense para tentar saber mais alguma informação.
“Fui lá pessoalmente perguntar se sabiam de alguma coisa. O senhor instrutor disse-me que tinha mudado de gerência e que agora se chama Cooldrive. Relativamente às restantes escolas, disse não saber de nada”, revelou.
Escolas em Marinhais e Portalegre atravessam situação semelhante
Situação semelhante está a acontecer nas escolas de condução do Grupo Smiiile em Marinhais, no Distrito de Santarém, e em Portalegre. No Portal da Queixa, são diariamente publicadas queixas idênticas, com os alunos a afirmarem que “a escola não reabriu na data estipulada” ou que está incontactável.
