ANA Aeroportos vai ter de assumir gestão das salinas do Montijo

ANA Aeroportos vai ter de assumir gestão das salinas do Montijo

ANA Aeroportos vai ter de assumir gestão das salinas do Montijo

António Costa e Nuno Canta

Exigência da APA é uma das questões identificadas no Estudo de Impacte Ambiental. Solução passa por arrendamento ou compra do espaço que é privado, revelou Nuno Canta, presidente da Câmara do Montijo

 

 

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A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) exige que a ANA Aeroportos assuma a gestão das salinas do Montijo como medida compensatória ao impacto na avifauna que será provocado pela instalação do novo aeroporto na Base Aérea n.º 6 (BA6). Esta é uma das questões identificadas no Estudo de Impacte Ambiental e que “está a ser trabalhada”, disse Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo, a O SETUBALENSE.

A medida, de resto, tem vindo a ser defendida pelo autarca montijense, desde a primeira hora em que o processo da localização da futura infra-estrutura aeroportuária na base militar ganhou verdadeiramente forma e corpo. Segundo o edil socialista, as salinas do Montijo são domínio privado, o que obrigará a ANA Aeroportos a partir para uma solução de “arrendamento ou compra do espaço” de modo a assumir a gestão do mesmo.

O presidente da Câmara refuta que a implementação da infra-estrutura aeroportuária na BA6 – complementar ao aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa – possa vir a sofrer qualquer “volte-face” e adianta que “em Agosto haverá novidades”.

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A posição do autarca entronca assim na versão que tem vindo a ser assumida pelo Governo de que não existe plano B para a instalação do novo aeroporto e que a opção por Montijo está tomada, conforme foi admitido no início deste ano pelo primeiro-ministro António Costa e reforçado, na quarta-feira passada, pelo secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Moura.

Matias Ramos defende Campo de Tiro de Alcochete

O secretário de Estado garantiu ainda que o futuro aeroporto não custará um cêntimo ao Estado, ao mesmo tempo que lembrou que o Montijo está a apenas 25 minutos de Lisboa e tem capacidade de expansão, arredando a hipótese de localização no Campo de Tiro de Alcochete. Após ter recebido um documento de uma delegação da “Plataforma Cívica Aeroporto BA6 – Montijo Não”, o governante reagia, assim, às declarações do antigo presidente do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), Carlos Matias Ramos, que afirmou que o futuro aeroporto no Montijo não é uma decisão do Governo, mas sim da concessionária ANA Aeroportos.

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O Campo de Tiro de Alcochete é a localização mais apropriada para a construção da infra-estrutura, sublinhou Matias Ramos, acrescentando que a solução conhecida como “Portela + 1 (Montijo)” irá saturar em 2033 ou 2035. O antigo responsável pelo LNEC vincou ainda que a instalação na BA6 afectará cerca de 30 mil pessoas, enquanto que no Campo de Tiro esse número reduziria significativamente, para 400 pessoas.

Recorde-se que a ANA Aeroportos e o Estado assinaram, a 8 de Janeiro último, o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, com um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 para aumentar o actual aeroporto Humberto Delgado e transformar a base aérea do Montijo num aeroporto complementar ao de Lisboa.

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