5 Maio 2024, Domingo
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Fernando Matias: “Nesta Rampa da Arrábida podem contar acima de tudo com uma grande festa”

São esperados mais de 600 visitantes no fim-de-semana do evento, com o responsável a garantir que trazem a Setúbal “uma mais-valia”

 

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A menos de duas semanas da 32.ª edição da Rampa Pêquêpê Arrábida, Fernando Matias, presidente do Clube de Motorismo de Setúbal, organizador do evento, revela o que se pode esperar este ano, com a novidade do Fanzone Festival.

Como é que vai funcionar o acesso ao Fanzone Festival?

A ‘fanzone’ da Rampa da Arrábida é um local que será no Caetano Retail Park, de entrada livre e gratuita. As pessoas podem entrar e circular livremente pelo espaço, assistir a alguns espectáculos de teatro, DJ’s, haverá insufláveis para as crianças, também matraquilhos, uma zona de restauração e música ambiente durante o tempo de abertura do festival. Tudo isto é gratuito. Dentro da ‘fanzone’ existe um outro espaço, onde vão decorrer os dois concertos principais, nas noites de sexta-feira e sábado, de Herman José e Toy (respectivamente), com o DJ Wilson Honrando, e aí sim, haverá um valor de 10 euros para o bilhete diário ou 15 euros para o passe para os dois dias, que também é necessário para nos ajudar a levar tudo isto para a frente e a repetir o evento. Sexta-feira podem entrar, ver chegar as equipas e assistir às preparações técnicas. Não se inibam de aparecer porque, além desta zona, no restante espaço do recinto podem circular livremente.

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Estamos a falar do futuro, mas vamos ao passado. Como é que surge a Rampa Pêquêpê Arrábida?

A Rampa da Arrábida começou há muitos anos, pela mão da secção de motorismo do Vitória Futebol Clube, com um interregno em 2006 devido às condições de segurança, falta de apoios, entre outros. As condições do automobilismo foram mudando e a rampa ou estrada não pôde evoluir da mesma forma, não sendo assim possível dar continuidade. O projecto começou novamente em 2014 quando nós, um grupo de pessoas, decidimos tentar trazer novamente a Rampa da Arrábida para o campeonato nacional. Foi um trabalho que demorou cerca de três anos, com os preparativos, desde o licenciamento, até arranjar parceiros e criar as condições de segurança para regressarmos em 2017 com uma edição já feita pelo Clube de Motorismo de Setúbal, que foi uma edição experimental. Em 2018, fizemos a proposta à Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting para que a Rampa da Arrábida fosse candidata ao campeonato nacional e, através de uma pontuação positiva, conseguimos fazê-lo. No meu caso particular, os meus avôs são de Setúbal, o meu pai também, esta foi uma rampa que eu, em toda a vida, ouvi falar e era a favorita do meu pai. Talvez por isso fiz este esforço extraordinário de a trazer de volta. Com o grupo de pessoas certas, conseguimos trazer o evento de volta. A cidade ganha com isto e nota-se, claro, no turismo desportivo. No fim-de-semana da Rampa da Arrábida vamos ter cerca de 600 pessoas de fora que vêm pernoitar, vão aos restaurantes e que trazem a Setúbal uma mais-valia, porque isto tem tudo a ver também com a parte económica. Sem a ajuda do município de Setúbal seria completamente impossível levarmos adiante uma Rampa da Arrábida, mas sabe-se que têm depois o seu retorno. O que nós temos com a Rampa da Arrábida é um retorno financeiro bastante grande.

Porquê a escolha deste nome (Pêquêpê)?

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É o nome que Pedro Queirós Pereira utilizava na competição. Ele foi um grande piloto e empresário nacional e quando foi para viabilizar a Rampa da Arrábida, novamente, em 2017, a Secil teve de dar um contributo gigante e inclusivamente fechar a fábrica mais do que um dia, o que acontece novamente todos os anos de sexta-feira a domingo [no fim de-semana da competição]. Depois dessa edição experimental, em 2017, quando decidimos ser candidatos ao Campeonato de Portugal de Montanha, marcámos uma reunião com Pedro Queirós Pereira para que nos ajudasse a alcançar este objectivo, que não era fácil. O piloto ajudou-nos, abriu algumas portas e deu instruções para que a Secil colaborasse. A reunião de Setembro não chegou a acontecer porque teve um acidente e faleceu. O trabalho que estávamos a fazer, pensámo-lo perdido, mas, de facto, não estava. A Secil sabia que Pedro Queirós Pereira apoiava esta acção e continuou a colaborar. Nós achámos, por bem, pelo seu passado e carreira, dar o nome Pêquêpê à Rampa da Arrábida e assim homenagear o homem que nos ajudou de alguma forma a que voltasse ao Campeonato de Portugal de Montanha.

Houve um melhoramento das condições do asfalto na Serra da Arrábida que vai permitir uma melhor performance dos competidores?

Sim, nos últimos cinco anos já foram colocados cerca de três quilómetros de asfalto novo. A Rampa da Arrábida tem cerca de seis quilómetros, contamos três para cima e três para baixo. Todos os anos é feito um grande esforço e nós conseguimos alguns apoios. Um trabalho que está a ser desenvolvido, desde 2015, com a Infraestruturas de Portugal (IP), através dos estudos que são feitos de segurança e dos problemas que vão acontecendo na rampa, que são monitorizados, e, em conjunto com a IP, e com a autarquia de Setúbal, que faz a mediação desta negociação, vamos fazendo algumas alterações. A rampa hoje tem muito mais segurança, o asfalto está completamente diferente, mais de metade do traçado já está com um asfalto novo. São feitos trabalhos de manutenção atempadamente, todos os anos, por causa da Rampa da Arrábida porque sabemos que estas coisas demoram e que podiam demorar um pouco mais. A nível de rails, os que estavam de pedra e característicos da Arrábida, que gostamos muito, são de facto muito bons, mas a segurança não é a mesma e temos também conseguido fazer a substituição desses rails por guardas actuais de segurança e que aguentam perfeitamente outras forças. Felizmente, nesta competição, não temos grandes acidentes, que tenham sido necessárias essas guardas, mas temos de pensar que, no dia-a-dia, os carros não são os que existiam há 40 anos, quando aquelas guardas de segurança eram suficientes. Hoje sentimos que a rampa está muito mais segura.

O que é os setubalenses e todos os visitantes podem esperar do fim-de-semana?

Podem contar, acima de tudo, com uma grande festa. Setúbal recebe bem e nós [Clube de Motorismo de Setúbal] somos, de facto, como já ouvi dizer, um clube de afectos. Vamos receber todos de braços abertos e podem contar com alegria e dedicação. Os eventos automóveis são muito bonitos para quem gosta de automóveis e, se nós não criarmos à volta de um evento destes uma festa, a própria festa em si reduz-se e fica circunscrita a um número de pessoas e de fãs. Nós queremos levar celebração a toda a cidade, promover o turismo desportivo e que as pessoas venham a Setúbal e a conheçam, enquanto são acolhidas pelos próprios setubalenses.

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