Reabriu no passado dia 2 de Junho a exposição “Frei Agostinho da Cruz e a Espiritualidade Arrábida”, patente ao público na galeria de exposições temporárias do Museu do Oriente, em Lisboa (Alcântara). A mostra, inaugurada a 13 de Março, esteve encerrada dois meses e meio devido à pandemia de covid-19.
Esta iniciativa, um dos cumes das comemorações do quarto centenário da morte do poeta e frade arrábido e dos 480 anos do seu nascimento, apresenta manuscritos, livros impressos dos séculos XVI e XVII, bem como peças de arte sacra, pretendendo guiar o visitante pelo cerne da espiritualidade secular centrada no Convento de Santa Maria da Arrábida e na serra onde se situa. O acervo apresentado é variado e conta com pintura e escultura proveniente do Convento (hoje propriedade da Fundação Oriente), peças da sua biblioteca contemporâneas de Frei Agostinho da Cruz ou com ele relacionadas, livros provenientes das bibliotecas do Seminário de São Paulo de Almada e da Associação Cultural Sebastião da Gama, manuscritos com poemas do autor homenageado que integram o espólio de uma colecção particular e da Biblioteca Nacional de Portugal, gravuras de uma outra colecção privada e, ainda, esculturas emprestadas pelo Museu Nacional de Arte Antiga e pela paróquia de São Lourenço de Azeitão.
Frei Agostinho da Cruz (1540–1619) é quem guia o visitante pela espiritualidade da Serra que tão bem soube interpretar, por intermédio dos seus versos e das suas palavras. A exposição divide-se em cinco núcleos: Franciscanismo; Nossa Senhora da Arrábida; os Arrábidos e Azeitão; Frei Agostinho da Cruz; e Leituras.
A exposição, organizada pela equipa do Museu do Oriente, tem como comissário Ruy Ventura, responsável na Diocese de Setúbal pelas comemorações em honra de Frei Agostinho da Cruz, poeta, ensaísta e historiador. Estará aberta até ao próximo dia 29 de Agosto de 2020.
João Reis Ribeiro