Não substitui as Festas de Corroios, mas é uma iniciativa que demonstra que a vila continua activa mesmo nesta fase pandémica
Na vila e Corroios está a decorrer até 31 deste mês o “Agosto Cultural”, no espaço do antigo mercado de levante. Uma iniciativa que o presidente da Junta local, Eduardo Rosa, frisa que “não se trata de uma substituição das Festas de Corroios [que foram suspensas este ano], mas de uma realização para dar ânimo à população”.
Aliás, lembra o autarca que quando foi anunciado que as carismáticas Festas de Corroios não se realizariam este ano, devido à pandemia da Covid-19, foi anunciado que a Junta de Freguesia iria avançar com uma pequena iniciativa na mesma data. “O Agosto Cultural é um evento pequeno, no centro da vila e com artistas locais, onde vai existir apenas um palco montado num anfiteatro ao ar livre e limitado a 350 cadeiras”.
Este condicionalismo obriga a que o público dos espectáculos de música, teatro e cinema, todos eles gratuitos, levantem um ingresso no próprio dia, a partir das 19h00, sendo cada um limitado apenas a duas pessoas.
A área do mercado de levante, que foi remodelada, sendo agora designada por ExpoCorroios para receber vários eventos, para o “Agosto Cultural” foi dividida em duas zonas, uma delas para o anfiteatro e outra onde estão vários stands direccionados para o tecido empresarial local e feirantes, sendo que este espaço não vai receber mais do que 400 pessoas. “É feito controlo de entradas tendo em consideração as directrizes da Direcção-Geral da Saúde e outras entidades com responsabilidade nesta matéria”, diz Eduardo Rosa.
Assim, considerando o anfiteatro e o espaço de stands, no espaço “não podem estar mais de 600 pessoas” sendo que o uso de máscara “é obrigatório”, para além de existirem vários pontos com desinfectante para as mãos. Para além disso, foram desenhados “corredores diferenciados para as entradas e saídas”, assim como no interior “foram criadas condições para que os visitantes não se cruzem, mantendo o necessário distanciamento social”.
Atenta Eduardo Rosa que “as pessoas têm de perceber que esta pandemia não vai ser debelada com facilidade, mas não podemos parar, porque há muita gente a passar fome, caso de feirantes que estão há meses sem trabalhar, assim como alguns artistas”.
Com este evento organizado e financiado pela Junta de Freguesia de Corroios, afirma o presidente Eduardo Rosa que, dada a dificuldade dos feirantes, estes “vão pagar muito pouco” para estarem presentes no “Agosto Cultural”.
Quanto às Festas de Corroios, afirma o autarca que vão estar de volta em 2021, enquanto o “Agosto Cultural” vai manter-se, mas numa data diferente para não coincidir com as grandes festas da vila.
Música, teatro e cinema
Os espectáculos de música e teatro, bem como as exibições de cinema a terem início a partir das 21h00, sendo que as iniciativas de música e teatro terão transmissão online, hoje o palco do anfiteatro do “Agosto Cultural” recebe a música de Tsunamiz. Amanhã, actua José Carita com “Do Erudito ao Popular”.
Quinta-feira é dia de teatro com “Lisboa abre uma janela” pelo CCR Artes & Magias, enquanto na noite de sexta-feira vai ouvir-se fado dedicado a Emídio Leitão. No sábado actua o cantor e músico Vítor Paulo, num “Tributo a José Afonso”
Sábado o anfiteatro recebe Henrique Leitão, sendo a noite de domingo dedicada ao cinema com “Aquele Querido Mês de Agosto” de Miguel Gomes.
Esta é uma iniciativa da Junta de Freguesia de Corroios, em cooperação com artistas, movimento associativo e tecido económico locais.