1 Maio 2024, Quarta-feira
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Passe metropolitano completa 5 anos e AMLisboa faz balanço “muito positivo”

Autarca da Amadora falou na necessidade de pensar “em novos desafios” para as várias modalidades de transportes

 

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Autarcas e autoridades de transporte fizeram esta segunda-feira um balanço “muito positivo” do passe navegante metropolitano, cinco anos após a sua criação, mas sinalizam alguns desafios, como a descentralização do transporte fluvial e o aumento das vias dedicadas aos transportes públicos.

A 1 de Abril de 2019, a Área Metropolitana de Lisboa (AML) anunciou uma “revolução na mobilidade urbana”, com a simplificação do tarifário e a criação de um passe único nos transportes públicos dos 18 concelhos que a compõem.

Para assinalar os cinco anos da entrada em vigor deste passe único, a AML e a empresa Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) organizam entre hoje e terça-feira uma conferência no Palácio de Queluz, em Sintra, para fazer um balanço e projectar o futuro da mobilidade na região.

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Um dos oradores na sessão desta tarde foi o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta (PS), que considerou que a criação de um passe único foi “das políticas sociais mais bem conseguidas depois do 25 de Abril”.

“Sintra considerou desde o primeiro dia a essencialidade desta política. Por isso, fizemos um investimento grande no Navegante. É grande porque nós também somos o maior cliente do Navegante”, sublinhou, indicando que o município investiu entre 2019 e 2023 cerca de 21,5 milhões de euros nesta medida.

Os benefícios da introdução do passe único metropolitano foram também sublinhados pela presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa (CML), Carla Tavares (PS), que destacou a “revolução na mobilidade urbana”, com o incremento da procura dos transportes públicos.

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“Cinco anos volvidos, podemos afirmar que há um antes e um depois do dia 1 de Abril de 2019. Um antes com uma complexa diversidade de títulos de transportes, muitos deles muito dispendiosos. Um depois que com o passe único veio simplificar e permitir o acesso a todos os operadores da Área Metropolitana de Lisboa”, apontou a também presidente da Câmara Municipal da Amadora.

Apesar do balanço positivo, tanto da criação do passe único, como da Carris Metropolitana, a autarca ressalvou a necessidade de pensar “em novos desafios” e manifestou disponibilidade de cooperar com o novo Governo para os concretizar.

“Queremos ir mais longe. Os desafios na área da mobilidade não se esgotam no transporte rodoviário. Defendemos que a TML pode e deve ter um papel interventivo e participativo nas novas soluções de mobilidade. Reiteramos a nossa total disponibilidade para com o novo Governo retomar as necessárias conversações que permitam a descentralização da gestão do transporte fluvial de passageiros para a AML”, apontou.

Esta intenção da AML em gerir os transportes fluviais do Tejo já tinha sido manifestada pela presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa em Janeiro deste ano.

Actualmente, as ligações fluviais do Tejo são asseguradas pela Transtejo/Soflusa, sendo a Transtejo responsável pela ligação do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, a Lisboa, enquanto a Soflusa assegura a travessia entre o Barreiro, também no distrito de Setúbal, e o Terreiro do Paço, em Lisboa.

Outros desafios para a mobilidade na região de Lisboa foram também deixados pelo primeiro-secretário metropolitano, Carlos Humberto, nomeadamente o reforço do transporte ferroviário e fluvial, a criação de vias próprias para transportes públicos, o alargamento da gratuitidade e a melhoria dos interfaces.

Já o presidente do conselho de administração da TML, Faustino Gomes, apontou para a necessidade de melhorar o acesso aos transportes públicos, a comunicação dos produtos, assim como as formas disponíveis para carregar o passe.

A TML é responsável pela gestão do sistema de bilhética metropolitano Navegante e garante a intermodalidade e a interoperabilidade do sistema de transportes rodoviário que abrange os 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa.

“Sabemos que não corremos todos ao mesmo ritmo. Há operadores que estão mais adiantados e outros que estão mais atrasados. Aquilo que é o nosso compromisso e aquilo que nós pedimos sempre aos operadores é que temos de ter a consciência de que todos nós trabalhamos para as mesmas pessoas e para o mesmo fim”, sublinhou

Segundo os dados divulgados por Faustino Gomes, no ano de 2023 foram carregados perto de 10 milhões passes navegante, o que representa um crescimento de 36% face a 2018, período ainda pré navegante.

O cartão Navegante é o passe mensal que tem várias tipologias e que pode ser utilizado nos transportes públicos dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa (Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira).

O valor do passe Navegante municipal é de 30 euros e o metropolitano 40 euros, valores que se mantêm inalterados desde a sua criação.

O passe é gratuito para estudantes com idades até aos 23 anos e para crianças até ao fim dos 12 anos.

Já os utentes com mais de 65 anos pagam 20 euros pelo Navegante metropolitano e 15 pelo municipal.

Existe ainda a modalidade Navegante família Metropolitano (80 euros) e o Navegante família Municipal (60 euros).

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