23 Julho 2024, Terça-feira

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Tragédia vitoriana

Tragédia vitoriana

Tragédia vitoriana

31 Julho 2020, Sexta-feira
Francisco Alves Rito

Os vitorianos podem esperar o melhor mas devem preparar-se para o pior

O drama económico em que o Vitória vive há muitos anos transformou-se agora numa tragédia para o clube, cidade e região. A gravidade da situação actual é diferente de todos os casos anteriores e muito maior do que tem sido, até agora, admitida pelos dirigentes.

Infelizmente, não se trata de mais um episódio meramente administrativo que acaba por ser ultrapassado como tem sido em anos passados. É grave porque não se vislumbra como pode ser revertida a decisão da Liga. O recurso, apresentado como última hipótese de salvação, não tem poder para sanar os vícios de que padece o processo de inscrição do clube, designadamente para que possa ser apresentada ainda a declaração de não divida às Finanças que não foi entregue atempadamente. O prazo terminou e os documentos não podem simplesmente ser substituídos ou entregues agora.

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O “Justo Impedimento”, que o Vitória invoca, para justificar a omissão da Assembleia Geral em que tinha obrigatoriamente de ser aprovada a transmissão dos terrenos do clube para a SAD, é lateral. O ponto é que a AT não emitiu a declaração de não divida. Já a razão por que não o fez, mesmo que assista alguma razão ao Vitória, é do foro da relação entre o clube e a AT, lateral ao processo de inscrição na Liga.

Perante este quadro, é bom que os vitorianos e setubalenses tenham perfeita noção da gravidade da situação. Temos de encarar a realidade com a postura adequada a uma tragédia; prepararmo-nos para o pior, embora ainda com alguma esperança num milagre.
Certo é que, ao contrário da tragedia grega, em que há um herói que luta contra a catástrofe, para o Vitória não haverá salvador. Responsáveis é que há muitos, e até culpados, mas não é agora a altura de tratar esse tema.

Esperemos que, se o desfecho for o pior, o choque possa gerar a catarse necessária para podermos fazer renascer o Enorme. A mística existe, como se viu no domingo, não tem é havido dirigentes à altura.

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