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Que seca!

Que seca!

Que seca!

7 Novembro 2017, Terça-feira
|Rosa Duarte

Então, chove ou não chove?

Alguém que rebente as águas a esta meia-estação, por favor.

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Não me interpretem mal. Eu gosto muito do sol e do calor.

Mas até eu, senhora citadina, estou preocupada com o tempo persistentemente seco que se vem sentindo nesta ponta do globo e não só…

É uma seca e peras!

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Não são só as peras que se têm ressentido. É toda a agricultura e e…

Não me vou pôr para aqui a tecer considerações sobre o estado do país, porque não tenho dados para isso, nem sobre as alterações climáticas, que são uma realidade, nem tão pouco sobre de quem é a culpa, que sabemos que ninguém sai disto ileso (uns muito mais do que outros, claro).

Não é só o tempo que está uma seca.

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É uma seca perceber que a seca já provocou mortes demais.

Que foi preciso chegar a este ponto para se perceber a emergência da coisa.

É uma seca saber que as danças da chuva que se têm feito ainda não surtiram (suficiente) efeito.

É uma seca saber que às vezes brincamos com o fogo (queimadas, despreocupação vária…), sobretudo em tempo de secura extrema.

É uma seca ver terras tão fertéis e abundantes barragens açoitadas pelo tempo num presente como este.

No meio desta grande seca, nem tudo é, apesar de tudo, uma seca.

Não é seca quando se vê a solidariedade entre as populações, algumas sem grandes recursos; não é uma seca ver o trabalho contínuo dos bombeiros, ver a coragem humana na reconstrução, ver tanta concertação de esforços, ouvir tantas vozes na rua.

A seca é grande, mas o povo agiganta-se na sua determinação.

Vamos timidamente bebendo da inspiração que a Natureza proporciona ao Homem.

O mar, a terra, o ar e o fogo são forças superiores que servem o Homem para um propósito elevado: para este viver mais e melhor.

O progresso e o consumismo não podem sobrepor-se ao estado de saúde do planeta. Que infelizmente há muito vem acontecendo, com gravíssimas consequências.

Somos pessoas e não avestruzes, com todo o respeito por estas últimas.

Sabemos pensar e trabalhar para o bem-estar de todos, com prioridade máxima para quem nos acolhe e alimenta a vida toda, ao longo de milénios, a nossa incansável Mãe-Terra.

São estas distrações tão dolorosas para todos. Mas que seca!

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