O Serviço Nacional de Saúde (SMS)

O Serviço Nacional de Saúde (SMS)

O Serviço Nacional de Saúde (SMS)

, Médico
10 Abril 2019, Quarta-feira
Mário Moura -
Mário Moura –
Médico

O nosso SMS é , depois da conquista das liberdades de opinião, de pensamento , de reunião, numa palavra da LIBERDADE, a maior conquista do processo revolucionário do 25 de Abril. Uma conquista que todos os partidos apoiam, uns com mais convicção, outros com menos. Uns querendo que toda a assistência médica fique a cargo do Estado, gratuita, outros pensando que a medicina privada também tem direito a viver.   Ora o SMS não se constrói duma assentada e em pouco tempo, é um processo em constante revisão e sempre fazendo um esforço de atualização  pois a Medicina está em permanente renovação e modernização tendo os serviços que se irem adaptando a essas novidade.   Ora presentemente as forças políticas de direita fazem um esforço  de apoiarem a medicina privada aproveitando a crise que a Europa atravessa e consequentemente entre nós o Estado tem feito um enorme esforço de equilíbrio das finanças colocando em primeiro lugar a melhoria dos deficits, da divida externa, dos salários, etc., que obriga a uma enorme retração do investimento (e no SMS também) Os partidos da direita aproveitam esta conjuntura para se atirarem como “gato a bofe” sobre as deficiência que inevitavelmente o nosso SMS vai apresentando  por falta de renovação de equipamentos, falta de atualização de honorários, etc., etc.. Os meios de informação fazem de cada carência, de cada demora, de cada falta numa especialidade ou noutra, um enorme alarido pois as coisas da saúde são fonte de interesse geral e portanto de leitores ou audiências.   Ora convém por em destaque que no SNS a medicina do primeiro contato (cuidados de saúde primários) pode resolver cerca de 80% das queixas dos cidadãos sendo portanto essencial que se invista nas Unidades de Saúde Familiar e nos médicos de Familia. É preciso que ninguém esteja sem médico de família e é necessário que os Centros de Saúde aumentem a sua capacidade de diagnóstico sendo apetrechados com eletrocardiógrafos, espirómetros, e até capacidade para fazer meia dúzia de análise – assim os pacientes daí sairiam em grande percentagem com os seus problemas resolvidos. E se á enfermagem fosse consignada a responsabilidade de muitas tarefas para as quais têm formação, deixando os médicos mais livres para o que só a eles compete fazer. A estes é essencial que haja tempo para poder ouvir os seus pacientes ( não é curial que se estabeleça uns 15 minutos para cada paciente). Impõe-se igualmente que nos centros de saúde existam psicólogos e terapeutas trabalhando em equipe. Isto é essencial para acabar com o afogamento das urgências hospitalares em que a maior parte não são verdadeiras urgências. Primeira conclusão : é necessário investir nos cuidados de saúde primários!   Depois temos de pensar em resolver o enorme numero de pacientes, particularmente idosos, que enchem camas “caras” ás centenas por esse pais fora faltando nos Hospitais camas para as urgências reais e para pacientes que necessitam de cirurgias ou exames altamente especializados. Para que este problema se possa r3esover é necessário investir, agora no fim da linha, em centros de cuidados paliativos em que o preço dum doente/dia é bem menor do que num hospital. E esta uma das grandes carência em que é absolutamente necessário investir sendo um campo próprio para aparecer o setor das Misericórdias a colaborara.  Este investimento no inicio da linha (C.S.Primários) e no fim da linha (Cuidados Paliativos) deixará os Cuidados Secundários – os hospitais- verdadeiramente  mais libertos para uma Medicina de peso ser facilitada e mais eficientes.  Nós portugueses podemos orgulharmo-nos da qualidade dos nossos médicos e enfermeiros cuja formação é excelente e apreciada e cobiçada no estrangeiro. É necessário segurar os nossos técnicos criando ambientes de trabalho aliciantes em tempo, organização e…remuneração!  E a medicina privada poderá sempre ser um bom complemento para a conservação da saúde dos portugueses que queiram mais luxos e para tal disponham de meios

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