12 Junho 2024, Quarta-feira

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Eleições para o Parlamento Europeu

Eleições para o Parlamento Europeu

Eleições para o Parlamento Europeu

No próximo dia 9 de junho seremos chamados a votar nos nossos representantes ao Parlamento Europeu. As eleições europeias caracterizam-se por não mobilizarem muito os cidadãos de uma forma geral. De todas as eleições registam não só a mais baixa taxa de participação como, invariavelmente, bastante menos de metade dos cidadãos com direito (e dever cívico, já agora) a votar.

Aponta-se, normalmente, o facto de os portugueses não sentirem um grande apelo à sua participação como a razão da referida (um pouco embaraçosa) abstenção. Paradoxalmente, em diversos estudos de opinião levados a cabo por entidades europeias (institucionais e outras) Portugal e os portugueses aparecem sistematicamente como grandes entusiastas do projeto europeu, revendo-se no que poderemos chamar de matriz identitária europeia como poucos outros países ou povos.

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Talvez não seja intempestivo concluir que, apesar de reconhecermos ao projeto de paz e prosperidade europeu uma enorme mais-valia para a nossa vida individual e coletiva, genericamente sentimos um afastamento da política europeia que se traduz na não participação nos seus atos eleitorais.

É imperativo que o nosso reconhecimento à importância do projeto europeu tenha uma tradução na nossa participação eleitoral. Isso sublinha um sinal aos decisores políticos europeus que não é despiciendo, assim como também responsabiliza mais os nossos eleitos.

E há muitas razões para isso acontecer, senão vejamos: precisamos de recuar décadas para encontrar paralelo com a instabilidade e incerteza que hoje vivemos na União – seja o contexto da guerra às portas da “nossa” Europa, seja a questão cada vez mais relevante das migrações a par do “inverno” demográfico que o velho continente vive, sejam as preocupações com as alterações climáticas e as necessidades energéticas que suportem as nossas vidas num justo equilíbrio com a sustentabilidade do planeta, há diversas e relevantes matérias que não encontram resposta à altura no contexto nacional e que requerem uma ação concertada de, pelo menos, nível europeu.

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Estas são questões que têm impacto direto nas nossas vidas apesar de, por vezes, nos parecerem distantes. Mas há outras. Há uns dias, aqui nas páginas d’O Setubalense, a candidata ao Parlamento Europeu, Ana Catarina Mendes, lembrava, e bem, num artigo intitulado “A Europa no concreto”, a justiça que o Governo do Partido Socialista fez a este território com a alteração das NUTS. A diferença para os municípios, para as empresas, para as associações, no fundo, para toda a população é significativa porquanto passa a haver para este território um programa de fundos europeus próprio.

Para lá disto, é fundamental nós termos voz para influenciarmos o curso da história da União Europeia. Veja-se a importância que teve a visão do anterior Primeiro-Ministro, António Costa, na resposta que demos coletivamente à crise da pandemia Covid-19. Uma década antes, na crise das dívidas soberanas, a resposta foi austeridade. Na crise pandémica, a resposta foi solidária, foi de cooperação entre todos e o resultado está bem à vista de todos. 

Por tudo isto é tão importante apelar à participação de todos nestas eleições!

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