As próximas eleições legislativas não consubstanciam apenas mais um ato eleitoral. No próximo dia 30 de janeiro os portugueses serão chamados a decidir o rumo do país nas próximas décadas. Um rumo que terá de ser revestido de estabilidade e confiança. Um rumo que deverá continuar a ser de retoma económica e social, após a maior crise da nossa história coletiva enquanto Estado democrático. Um rumo que não poderá colocar em causa a reposição de direitos, o investimento no Serviço Nacional de Saúde e na Escola Pública, mas também os apoios sociais e a concretização do Plano de Recuperação e Resiliência. Conquistas alcançadas nos últimos anos e que se traduzem, hoje, como estruturais para o desenvolvimento e afirmação de Portugal na Europa e num mundo cada vez mais globalizado.
Ora, no momento em que o país se preparava para enfrentar a terceira vaga da pandemia depois do sucesso do plano de vacinação e em que todos os indicadores apontavam para uma retoma económica a bom ritmo, eis que, de forma inesperada e apenas por tacticismos políticos, as bancadas parlamentares à esquerda do Partido Socialista decidiram juntar os seus votos à extrema direita e à direita, chumbando o Orçamento de Estado mais à esquerda até agora apresentado, provocando, com essa inexplicável decisão, uma crise política que só não refletiu maiores efeitos graças ao sentido de responsabilidade de António Costa e do seu Governo, que numa lição de sentido de Estado e serviço público não se demitiram, continuando a liderar os destinos do país nesta fase crucial no combate à pandemia, de densificação da retoma económica e de concretização dos primeiros passos na aplicação do Plano de Recuperação e Resiliência.
Sendo certo que sempre se poderá fazer mais e ainda melhor, é inegável o caminho de conquistas e reposição de direitos trilhado até aqui. É inegável a capacidade demonstrada no combate à pandemia e na concretização de medidas de apoio aos trabalhadores, às empresas e às famílias. É inegável que perante todas as adversidades o Governo, liderado por António Costa, foi sempre garante de estabilidade e de confiança no futuro. Chegados aqui este é, pois, o tempo de continuaremos no caminho certo, garantindo o futuro do nosso país.
No caminho certo quando foram integrados na administração pública milhares de trabalhadores precários que o Governo do PSD/CDS queria despedir. Caminho certo com a reposição das 35 horas e das remunerações cortadas e dos subsídios de Natal e Férias retirados aos trabalhadores pela austeridade duma direita ávida por regressar ao passado num acerto de contas com a reposição de direitos concretizada nos últimos 6 anos.
No caminho certo quando o Governo reduziu drasticamente o preço dos passes sociais, com inegáveis ganhos para as famílias que viram aumentar substancialmente os seus rendimentos mensais.
No caminho certo com uma aposta forte na educação, o Governo reduziu o valor das propinas para menos de metade (de 1068€ para 495€) ou quando garantiu manuais escolares gratuitos para todos os alunos das escolas públicas até ao 12°ano. Caminho certo ao investir na escola pública e com isso promover a qualificação dos mais jovens e garantir igualdade de oportunidades para todos. Caminho certo percorrido nos últimos 6 anos de governação, em que o orçamento para a educação cresceu 20%, numa demonstração clara da aposta deste governo na formação dos nossos jovens.
No caminho certo através das políticas de reforço do Serviço Nacional de Saúde que o Governo tem prosseguido ao longo dos últimos seis anos e que se reflete nos 3.200 milhões de euros investidos no serviço público, que apresenta hoje mais 142 unidades de saúde familiar do que em 2015, assim como um saldo de mais 852 médicos de família e o recrutamento, no total, de mais 148 mil profissionais, dos quais cerca de 4 mil médicos e 11 mil enfermeiros. Um investimento que contrasta com a perda de 8.500 profissionais entre 2011 e 2015.
No caminho certo, garantido um melhor futuro, com a defesa pelo Governo do Partido Socialista que todos devem ter acesso aos cuidados de saúde e por isso a redução do valor das taxas moderadoras no Serviço Nacional da Saúde, com objetivo traçado da eliminação total em 2023 (exceto nas urgências).
No caminho certo com uma trajetória que passa por continuar a valorizar os trabalhadores portugueses, com a promoção do aumento progressivo do Salário Mínimo Nacional, que em 6 anos já aumentou 40%, sem esquecer o aumento do Salário Médio em Portugal, o reforço de direitos laborais e a dinamização da contratação coletiva.
No caminho certo, garantindo o futuro, com a valorização geral dos salários, e em particular os salários dos mais jovens, porque essa é também uma geração que não podemos perder.
No caminho certo com agendas mobilizadoras e Agendas Verdes para a inovação empresarial e ao assumirmos o objetivo da neutralidade carbónica em 2050, primeiro país no Mundo, refira-se.
No caminho certo ao ter reduzido o défice para mínimos históricos e conseguido o primeiro superavit da história. Caminho certo que revela ser este o único governo que aliou as contas certas à reposição dos rendimentos.
No caminho certo nos investimentos decididos pelo governo para o concelho de Setúbal, como comprovam o Centro de Saúde de Azeitão, a ampliação das urgências do Hospital de São Bernardo e a Escola Superior de Saúde do Politécnico de Setúbal que avançará em 2022 num investimento de 9,8 milhões e que terá na terapia da fala, fisioterapia e enfermagem, áreas em destaque no Instituto Politécnico de Setúbal.
Caminho certo trilhado até aqui e que permite que a economia portuguesa continue a crescer (PIB aumentou 4,2% no 3º trimestre de 2021), mesmo depois dos efeitos da pandemia que se fizeram sentir.
São os dados do Eurostat que revelam estarmos no caminho certo, e que afirmam ser Portugal o terceiro país que mais cresceu ao nível europeu no terceiro trimestre de 2021. São os dados que demonstram que Portugal cresceu mais que a União Europeia em 2016, 2017, 2018 e 2019.
São os dados da OCDE que comprovam que Portugal está no topo dos países mais atrativos para investidores. Os investidores confiam em Portugal e o peso do investimento direto estrangeiro na economia foi de 75% do PIB no primeiro semestre de 2021.
Ora, perante um momento decisivo na vida do país, ficou claro que este não é o tempo de alterar a trajetória ou de suspender a ambição do Governo e dos portugueses.
O Partido Socialista está absolutamente empenhado em continuar a ser uma solução de governo com uma maioria estável, ambiciosa e plural para governar Portugal.
Com o Partido Socialista, continuaremos no caminho certo para Garantir, com estabilidade e confiança, o Futuro de Portugal e dos portugueses.