As eleições

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As eleições

, Médico
23 Outubro 2024, Quarta-feira
Mário Moura - Médico|

Os noticiários e os nossos habituais comentadores “enchem-nos” os ouvidos com as eleições nos Estados Unidos da América pois as consequências da vitória dum Trump ou duma Kamala Harris terão consequências muito diferentes na política mundial, porque o comportamento dum ou de outra terão repercussões muito diferente nos quatro cantos do mundo que anda alvoraçado, em risco de guerra total e afetando todos nós.

 Meus caros leitores, não vou embrenhar-me nesses complicados meandros da política internacional ou da aprovação ou não do nosso Orçamento do Estado.

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Estamos perante assuntos com repercussão nas nossas vidas, mas falamos de tais assuntos de política porque me soa aos ouvidos uma afirmação do nosso atual Papa que disse: “a política é uma das melhores formas de caridade”. Querendo isto significar que todos os cidadãos e cidadãs que se dizem e se consideram seguidores de Jesus Cristo têm a obrigação de entrar na vida política e, portanto, encarar as eleições como uma obrigação de participar.

Quem dirige e orienta os múltiplos problemas da vida comum a todos os cidadãos deve fazê-lo por intermédio dos atos de consulta ao povo (eleições).

Nada dos meus pensamentos e ideias pode contribuir para as eleições dos USA – eu sei – mas para os assuntos do meu país ou da minha cidade ou mesmo do meu bairro, a minha opinião e a de todos os cidadãos contribuem, por isso atenção à política e aos métodos de organização das múltiplas regras que existem numa democracia. Não esqueçamos que faz 50 anos da queda da ditadura, da polícia política, da censura e das prisões arbitrárias. Estamos em democracia, o que quer dizer que cada um de nós pode e deve dar as suas opiniões sobre tudo o que nos rege, ou deve reger, e para tal é necessário – volto a repetir – que saibamos algo sobre a “coisa comum”, sobre a Política, pelo menos nos momentos para tal destinados. E os que se dizem cristãos – é o meu caso – têm  obrigação de participar

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Não se esqueçam, portanto:” a politica é uma das melhores formas de caridade”

E não nos esqueçamos igualmente que os cristãos devem trocar entre si opiniões sempre respeitando a opinião dos outros e devemos identificar o que é o bem comum, isto é, o que beneficia o maior número de pessoas.

Como me lembrei deste afã eleitoralista dos telejornais, veio-me à mente esta necessidade de chamar os cristãos a esta obrigação de fazer este tipo de  caridade, pois a maioria dos que se dizem cristãos até têm medo de falar em tal assunto e isso é um tremendo erro.

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Quem não participa não pode protestar e nós cristãos temos a obrigação de participar.

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