Os noticiários e os nossos habituais comentadores “enchem-nos” os ouvidos com as eleições nos Estados Unidos da América pois as consequências da vitória dum Trump ou duma Kamala Harris terão consequências muito diferentes na política mundial, porque o comportamento dum ou de outra terão repercussões muito diferente nos quatro cantos do mundo que anda alvoraçado, em risco de guerra total e afetando todos nós.
Meus caros leitores, não vou embrenhar-me nesses complicados meandros da política internacional ou da aprovação ou não do nosso Orçamento do Estado.
Estamos perante assuntos com repercussão nas nossas vidas, mas falamos de tais assuntos de política porque me soa aos ouvidos uma afirmação do nosso atual Papa que disse: “a política é uma das melhores formas de caridade”. Querendo isto significar que todos os cidadãos e cidadãs que se dizem e se consideram seguidores de Jesus Cristo têm a obrigação de entrar na vida política e, portanto, encarar as eleições como uma obrigação de participar.
Quem dirige e orienta os múltiplos problemas da vida comum a todos os cidadãos deve fazê-lo por intermédio dos atos de consulta ao povo (eleições).
Nada dos meus pensamentos e ideias pode contribuir para as eleições dos USA – eu sei – mas para os assuntos do meu país ou da minha cidade ou mesmo do meu bairro, a minha opinião e a de todos os cidadãos contribuem, por isso atenção à política e aos métodos de organização das múltiplas regras que existem numa democracia. Não esqueçamos que faz 50 anos da queda da ditadura, da polícia política, da censura e das prisões arbitrárias. Estamos em democracia, o que quer dizer que cada um de nós pode e deve dar as suas opiniões sobre tudo o que nos rege, ou deve reger, e para tal é necessário – volto a repetir – que saibamos algo sobre a “coisa comum”, sobre a Política, pelo menos nos momentos para tal destinados. E os que se dizem cristãos – é o meu caso – têm obrigação de participar
Não se esqueçam, portanto:” a politica é uma das melhores formas de caridade”
E não nos esqueçamos igualmente que os cristãos devem trocar entre si opiniões sempre respeitando a opinião dos outros e devemos identificar o que é o bem comum, isto é, o que beneficia o maior número de pessoas.
Como me lembrei deste afã eleitoralista dos telejornais, veio-me à mente esta necessidade de chamar os cristãos a esta obrigação de fazer este tipo de caridade, pois a maioria dos que se dizem cristãos até têm medo de falar em tal assunto e isso é um tremendo erro.
Quem não participa não pode protestar e nós cristãos temos a obrigação de participar.