A ecologia e a COP 29

A ecologia e a COP 29

A ecologia e a COP 29

, Médico
27 Novembro 2024, Quarta-feira
Mário Moura - Médico|

No meio de múltiplas reuniões que constantemente se estão fazendo por este mundo fora, há anos que se realizam umas com esta designação; COP, Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas.

Que se pretende com estas reuniões?

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Há muitos anos que se fala que a industrialização e o tremendo processo evolutivo provocado pelo Homem, usando a sua extraordinária inteligência posta desde há séculos ao serviço do desenvolvimento, que tem permitido que os seres humanos transformem o mundo naquilo que muitas vezes chamamos “progresso”, tem os seus efeitos colaterais. É evidente que o tempo dos czares da Rússia era totalmente diferente destes tempos do Sr. Putin. Quem sabe uns miligramas de história sabe também a diferença que havia em França antes da chamada Revolução Francesa e os tempos dos últimos Jogos Olímpicos, em Paris.

Esta mudança evolutiva constante é o que podemos ler quando estudamos a História Universal. Os homens inventaram o fogo, descobrem o poder motriz do vapor da água e, explorando sem cessar as possibilidades da Natureza, descobrem no interior da Terra o carvão, o petróleo e o gás (combustíveis extraordinários que aceleraram o tal progresso).

Encontram pedras preciosas, ouro e certas substâncias que, mesmo em doses ínfimas, permitiram que nascessem e se desenvolvessem máquinas e indústrias que aceleravam o tal desenvolvimento que não parava e permitia que alguns países se desenvolvessem mais rapidamente e enriquecessem. Países muito ricos que facilmente crescem não só em riqueza, mas igualmente em poder – um poder que usam para ir explorar muitas dessas “coisas” misteriosas, estejam onde estiverem. Assim o nosso planeta enche-se de muitos países explorados, pobres e até sem condições de vida, para manter e animar o desenvolvimento, o progresso e o poder desses países ricos.

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Ora acontece (ou melhor; está acontecendo) todos esses combustíveis, ao exercerem a sua ação dinamizadora, deixam como resíduos substâncias que a breve trecho se começou a verificar serem altamente prejudiciais aos seres humanos e à própria natureza. O que foi possível substituir e corrigir desses malefícios foi sendo resolvido, mas o tal desenvolvimento era mais rápido e lucrativo que o uso de substituições ou a correcção dos males provocados. Os homens de ciência que estudam estes problemas começaram a chamar a atenção dos governantes. As juventudes que irão viver nesse mundo inquinado do futuro, começam a manifestar-se ruidosamente por este mundo fora – é o seu futuro que está sob ameaça!  – e começam protestos e manifestações. Os cientistas, bem conscientes dos progressivos agravamentos das “lesões” da Natureza, conseguem fazer reuniões com os governantes (as COP), e, na COP 28, os problemas são postos com clareza a ponto de os governantes assumirem compromissos sérios – diminuir o que lesa a atmosfera (por consequência, as pessoas e a durabilidade das capacidades de se viver aqui) – e falou-se dum período de quarenta anos. E assumiram-se compromissos sérios de ajudas aos países explorados e sem qualquer capacidade de fazerem correções por falta de meios.

E após 28 cimeiras da COP está o mundo à beira duma guerra total. E por força dos cientistas e pelos evidentes atropelos da Natureza, surge a COP 29 terminada há uns dias. Mas os grandes poluidores não se fizeram representar e levaram-se uns quatro dias a discutir apenas dinheiro. Houve representantes de países mais lesado que abandonaram a reunião descrentes dum resultado capaz. Os mandantes dos mais ricos e poluidores e causadores da pobreza de muitos, não estavam presentes pois estão preocupados é com a guerra. Com quem tem o foguetão maior e mais veloz ou quem tem a bomba mais destruidora e mais difícil de ser abatida. Eis as suas preocupações. Falou-se em mais milhões, mas contributos para soluções, nada. Silêncio!

A COP29 foi mais uma reunião frustrada e frustrante.

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Mas com a guerra total à espreita devemos preocuparmo-nos com isto?

PS: Em 2006, Al Gore, ex-candidato à presidência dos Estados Unidos da América, escreveu um verdadeiro tratado sobre os efeitos das alterações climáticas. Sobre este tema a UNESCO tem também publicado vários relatórios, mas o resultado é zero.

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