5 Maio 2024, Domingo
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Combater o aumento do custo de vida: É hora de avançar!

Iniciou-se um novo ano, mas a vida dos trabalhadores e dos reformados não melhorou, muito pelo contrário. No início do ano conheceram-se novos aumentos de preços dos bens e serviços essenciais – dos alimentos às rendas da casa, das telecomunicações à eletricidade e ao gás, dos transportes, ao serviço postal e às portagens.

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Estes aumentos de preços traduzem-se em maiores dificuldades na vida das pessoas. Há famílias que já não têm por onde cortar e os salários e as pensões continuam a ser curtos para o mês.

São os mesmos de sempre a suportar o aumento do custo de vida, quem trabalha e quem vive do seu trabalho, enquanto os grupos económicos continuam a acumular lucros e a apropriar-se da riqueza criada pelos trabalhadores. Só nos primeiros meses de 2023 os principais grupos económicos obtiveram 25 milhões de euros de lucros por dia.

O PCP propôs o controlo e a redução de preços dos alimentos. Proposta rejeitada por PS, PSD, IL e CH, o que é revelador das opções destas forças políticas. Entre garantir a redução de preços dos alimentos e proteger os lucros da grande distribuição, estas forças políticas optaram por proteger os interesses da grande distribuição, mesmo quando isso significa aumentos especulativos de preços dos alimentos como tem ocorrido. Demonstraram que, não só não se importam, como são responsáveis pelo agravamento da vida das pessoas.

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Quando propusemos a limitação da atualização das rendas em 0,43% nos atuais contratos e nos novos contratos, mais uma vez, PS, PSD, IL e CH votaram contra. Para estas forças políticas, as rendas podem aumentar para valores especulativos e as famílias até podem ser despejadas porque não conseguem pagar a renda, não se pode é tocar nos lucros dos grandes proprietários, dos fundos e dos especuladores.

Propusemos ainda a redução do IVA da eletricidade e do gás para 6% e a redução do IVA das telecomunicações para 13%, a limitação da atualização do valor das portagens correspondente ao valor de 2022, a gratuitidade dos medicamentos para as pessoas com doenças crónicas, com mais de 65 anos e com insuficiência económica e que os lucros da banca suportem o aumento das taxas de juro, em vez de aumentar as prestações à banca das famílias que têm crédito à habitação. Propostas igualmente rejeitadas.

Se as propostas do PCP tivessem sido aprovadas, os preços dos bens e serviços essenciais seriam bem mais baixos.

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Apesar de o Governo de maioria absoluta do PS dispor de condições e de recursos, em vez de dar resposta aos problemas, optou por favorecer os interesses dos grupos económicos em convergência com o PSD, o CDS, a IL e o CH.

Mais injustiças e desigualdades e degradação dos serviços públicos, dificuldades no acesso à saúde e na garantia do direito à habitação – é este o legado que o Governo de maioria absoluta do PS.

Não estamos condenados a isto!

É hora de mudar de política! É hora de romper com esta política de retrocesso (seja do PS, seja do PSD, CDS, IL e CH) que compromete o presente e o futuro! É hora de avançar para uma política alternativa, patriótica e de esquerda! Há a oportunidade, a 10 de março, para juntar forças e criar as condições para concretizar a política alternativa necessária para melhorar a vida do povo e o País. Não se desperdice esta oportunidade!

Paula Santos
Deputada do PCP
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